quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Não adianta reclamar depois!


O que vimos na Câmara de Vereadores de Garanhuns é o retrato fiel do que acontece em muitos municípios do Brasil. Um prefeito com patrimônio muito acima do que seu salário justificaria, sustentado por uma base de 14 vereadores — de um total de 17 — que votam como ele manda, mesmo contra o interesse do povo.

O caso mais recente é vergonhoso: aprovaram para o Prefeito R$ 5 mil , para o vice-prefeito e para secretários um auxílio alimentação de R$ 2,5 mil — para quem já tem salário alto e mora na cidade. É como pagar auxílio moradia para quem já tem casa própria.

A função principal de um vereador é fiscalizar o prefeito e proteger o interesse do povo. Mas quando o voto é comprado com cargos e favores, a lealdade deixa de ser com o eleitor e passa a ser com o chefe do Executivo. E pior: quando o eleitor vende seu voto, o “pagamento” já foi feito e o vereador não se sente na obrigação de trabalhar por quem o elegeu.

Depois da eleição, de nada adianta reclamar! É na urna que se decide se teremos representantes que defendem o povo ou marionetes do poder. Se continuarmos entregando nosso voto por promessa, favor ou dinheiro, continuaremos assistindo à mesma novela: vereadores obedientes ao prefeito e um povo traído por quem deveria defendê-lo.

A mudança começa quando o voto não está à venda.


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