O Planalto, como já havia prometido, operou. Comprometeu-se a reverter votos do PPS e do PSB, siglas que comandam ministérios no governo, e, assim, o fez, ontem, na nova votação em que o requerimento de urgência para acelerar tramitação da reforma trabalhista foi aprovado. Na terça, houve integrantes da bancada pós-comunista rejeitando o pedido. Ontem, nenhum deputado votou contra. Na bancada pernambucana do PSB, o deputado João Fernando Coutinho, que se absteve no dia que o pedido foi rejeitado, votou com o governo ontem, enquanto Gonzaga Patriota, que, primeiro, votara contra, ontem, foi favorável. Outros dois socialistas, George Hilton (MG) e Luciano Ducci (PR), que haviam votado contra, retornaram às suas bases e acabaram sem votar. Resultado: 16 votaram a favor do requerimento e 15 contra. Um dia antes, o placar fora 19 contra x 12 a favor. Ao longo do dia, ontem, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, recebera solicitações de parlamentares para que fechasse questão contra as reformas trabalhista e previdenciária. Convocou reunião da executiva nacional para a próxima segunda, às 17h, quando tratará disso e ainda de reforma política. Diante do zumzumzum de que o governo pressionaria o partido, à coluna, Siqueira devolveu: “Esse direito de cobrar do PSB alguma coisa, o governo não tem”. E reforçou: “Temos um ministro do PSB , que tem se saído muito bem, é um quadro competente, mas não é indicação do PSB”. Alguma posição definida do PSB deve sair na segunda-feira. No mesmo dia, o PPS se reúne para fechar questão em relação à previdência. O placar de ontem indicou alguma mudança de postura entre os deputados e, a despeito do que resolverem as siglas, a principal satisfação que os parlamentares darão, ao votarem em projeto impopular, é ao eleitorado.
Se deputados gostam de cargos, apreciam, sobretudo, voto na urna e o eleitor cobra
Se deputados gostam de cargos, apreciam, sobretudo, voto na urna e o eleitor cobra
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