A saída encontrada pelo governo para resolver os problemas causados pela presença de Abraham Weintraub no Ministério da Educação é vista com preocupação por diplomatas e integrantes de órgãos multilaterais, que chegam a falar em "potencial enorme de um desastre internacional".
Hoje, no vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro no qual anunciou que deixará o ministério, Weintraub confirmou que ocupará um cargo de diretor no Banco Mundial.
Ele irá para um posto de livre indicação do Brasil, o de diretor-executivo do Grupo de Acionistas que o Brasil representa no Banco Mundial, e que reúne Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago.
O salário é de US$ 250 mil ao ano (cerca de R$ 1,34 milhão, em valores de hoje), e o ocupante do cargo precisa morar em Washington.
Diplomatas e integrantes de organismos multilaterais ouvidos pelo blog dizem que o cargo é eminentemente diplomático e que são essenciais relações com representantes dos países do grupo para o Brasil atrair investimentos.
Outra pessoa ouvida, com larga escala em organismos internacionais, disse que em passado recente, um indicado brasileiro a um cargo semelhante no Fundo Monetário Internacional (FMI) causou problemas com os países do grupo, o que levou à perda de influência do Brasil e a problemas diplomáticos em outras áreas.
A partir da indicação oficial, feita pelo Ministério da Economia, a confirmação do ocupante do cargo leva cerca de um mês, após consulta aos demais países do grupo.
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