Por Edmar Lyra
Com 34 anos de existência, o PSDB disputou todas as eleições presidenciais entre 1989 e 2018, das quais venceu duas, figurou na segunda colocação em três ocasiões e amargou a quarta colocação em outras duas. Foi pelas mãos do partido que o Brasil avançou com a estabilização econômica advinda do Plano Real que catapultou Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto em 1994 e 1998, que era ministro da Fazenda de Itamar Franco e foi um dos executores do Plano Real.
Nas eleições subsequentes o partido se fortaleceu, chegando a eleger 99 deputados federais em 1998 e atingiu a marca de quinze senadores entre 2007 e 2011. Mas com a ascensão de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto em 2018, o PSDB foi atingido em cheio perante o seu eleitorado tradicional, e viu seu tamanho reduzir de forma significativa, quando elegeu apenas 29 deputados federais e ficou com apenas oito senadores.
Já nas eleições deste ano, mesmo fazendo uma federação com o Cidadania, o PSDB caiu para seis senadores, não sendo nenhum eleito nesta disputa, e apenas dezoito deputados federais, dos quais apenas treze são filiados à legenda. São Paulo, que era o seu bunker por 28 anos, também foi dragado pelo bolsonarismo com a eleição de Tarcísio Gomes de Freitas para o Palácio dos Bandeirantes. Mas nem tudo são espinhos para os tucanos, o segundo turno da eleição possibilitou as vitórias de Eduardo Riedel, Eduardo Leite e Raquel Lyra, três jovens governadores de regiões distintas que apontarão para o futuro do partido.
Em Pernambuco, a vitória de Raquel Lyra foi imprescindível para que o partido pudesse fincar os pés num reduto historicamente refratário aos tucanos, e será a governadora eleita uma importante voz nacional do partido pelos próximos quatro anos. Juntamente com Eduardo Leite, futuro presidente da legenda, Raquel terá a missão de revigorar o PSDB e resgatar o partido para voltar a ter um tamanho minimamente aceitável tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário