Por Edmar Lyra
O presidente Lula volta a Pernambuco nesta terça-feira para uma agenda administrativa de dois dias, hoje fará uma visita à fábrica da Jeep em Goiana, e amanhã cumprirá agenda na capital pernambucana para o relançamento do programa Farmácia Popular e inaugurará uma unidade do IFPE em Paulista. Além da pauta administrativa, o presidente chega com a dura missão de pacificar integrantes da Frente Popular após a ocupação de espaços em órgãos do governo federal.
Integrantes do PT, PSB e Republicanos não falam mais a mesma língua desde o início das negociações que culminaram na definição de quem ocuparia a Codevasf, que acabou fatiada para atender os interesses do PT, que indicou Edilazio Wanderley, que ficará na superintendência de Petrolina, e do PSB com o Republicanos, que indicaram Gustavo Melo, que assumirá a superintendência do Recife.
Lula virá com a incumbência de auscultar sobre a aliança entre PSB e PT, e cobrará dos socialistas reciprocidade em 2024 e 2026, no caso da eleição municipal, estaria no radar a indicação do vice de João Campos pelo PT, já a eleição estadual, a garantia de que se João não renunciar irá apoiar o nome do PT em 2026. Nas duas opções, o PT ficaria bastante contemplado e poderia dirimir qualquer chance de o partido ter candidato próprio no Recife no próximo ano.
Político hábil, Lula está acostumado com essas questões provincianas, e fará tudo que tiver ao seu alcance para manter todos os atores políticos de Pernambuco, inclusive a governadora Raquel Lyra, sob o seu guarda-chuva com vistas a 2026, quando poderá disputar novamente o Palácio do Planalto e pretende ter um palanque representativo e plural em Pernambu
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