Por: Malvina Juliane Ribeiro (*)
Como identificar uma pessoa mau-caráter
Para conhecer o caráter de uma pessoa, sem que ela perceba, observe como ela trata aquelas pessoas que “ela” enxerga como inferiores a ela, por causa do dinheiro, estudos ou até mesmo pela profissão. Por exemplo: é só observarmos como ela trata o lixeiro, vendedor ambulante ou até mesmo a secretária do lar; é muito fácil sorrir para o anfitrião da festa, mas, e o garçom que nos serve? O que pensar de alguém que só trata bem aqueles que têm dinheiro ou que podem lhe oferecer algo em troca? A arrogância, a hipocrisia e comportamento interesseiro também são, sem dúvida, sinais da falta de caráter.
Algumas características do mau-caráter
- Manipulação – O mau-caráter tenta convencer as pessoas a pensar ou fazer algo de maneira diferente, atitudes totalmente contrárias daquelas as quais se estivesse em plena consciência de seus atos, talvez não as fizesse.
- Falta de compaixão – O mau-caráter não se compadece da dor do outro, apresentando uma grande frieza diante de situações que causariam solidariedade.
- Mentir – Mente descaradamente e seu comportamento, no final, acaba sendo sempre uma surpresa.
- Falta de palavra – A falta de palavra pode caminhar próxima à mentira e à manipulação. Quando alguém combina algo ou assume um compromisso, a espera social é que este seja cumprido.
Assim, mau-caratismo não se trata de uma doença, pois a pessoa sabe perfeitamente que está agindo de maneira errada e pode optar por fazer ou não. O mau-caráter é alguém sem princípios e sem moral, passa por cima de tudo e de todos para conseguir seus objetivos. Trata-se de um desvio (consciente) no processo de construção e de formação da base de valores, ninguém é 100% bonzinho, porém uma pessoa de boa índole pauta suas atitudes segundo as normas da moral do local e época em que vive. Uma pessoa de caráter tem firmeza e coerência de atitudes, tem firmeza nas suas escolhas, contrário é o indivíduo mau-caráter. Não podemos desprezar nossa capacidade de mudar e evoluir, porém precisamos ter em mente que há condutas que nunca vão mudar. A fábula a seguir ilustra bem o assunto:
“Certa vez, um escorpião, com medo de ser levado pelas águas do rio, pediu ao jacaré que o ajudasse a chegar até a outra margem. O jacaré, conhecendo a má fama do escorpião, recusou, alegando que após a travessia ele lhe picaria. O escorpião, indignado com tal desconfiança, disse ao jacaré: - Você acha que eu faria isso com você? Jamais lhe picarei, ao contrário, serei eternamente grato por salvar a minha vida.
Convencido de que o escorpião não lhe faria mal, o jacaré cedeu-lhe o lombo e o transportou. Ao chegar do outro lado, sem demonstrar nenhum remorso, o escorpião o picou. O jacaré, surpreso, indagou: - Por que você fez isso com quem só lhe ajudou? Ele respondeu: - Essa é a minha índole, por mais que eu tente, não consigo evitar”.
Moral: Há momentos na vida que o melhor a se fazer é aceitar a realidade como ela é.
Malvina Juliane Ribeiro - Consultora de Gestão de Pessoas e Inovação na empresa De Geração para Geração.
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