quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Eduardo Campos: um líder que moldou o futuro de Pernambuco

 

Foto: Hans von Manteuffel

Por Edmar Lyra

No último dia 10 de agosto, Eduardo Campos completaria 60 anos. Hoje, 13 de agosto, a política pernambucana e brasileira lembram com saudade e respeito os 11 anos da sua trágica partida. Um homem que, em pouco mais de uma década de liderança plena, transformou Pernambuco, projetou o estado nacionalmente e deixou marcas profundas na forma de governar e de fazer política. Eduardo não foi apenas um governador eficiente — foi um líder visionário, capaz de forjar quadros, redesenhar prioridades e alterar paradigmas que pareciam imutáveis.

Sob seu comando, Pernambuco viveu um período de crescimento acelerado e de renovação institucional. Ele entendeu que o estado precisava romper o ciclo de estagnação e apostou em investimentos estratégicos em infraestrutura, educação e desenvolvimento econômico. Foi no seu governo que o Complexo Industrial e Portuário de Suape atingiu novos patamares, que a interiorização do desenvolvimento ganhou fôlego e que políticas públicas inovadoras, como o Pacto pela Vida, remodelaram a forma de fazer segurança pública no estado, com integração das forças policiais, uso intensivo de inteligência e monitoramento de metas.

Na educação, Eduardo também promoveu uma verdadeira revolução, garantindo investimentos robustos que elevaram o padrão das escolas estaduais, ampliaram a rede de ensino integral e melhoraram indicadores antes estagnados. Sua gestão demonstrou que era possível unir planejamento e execução, técnica e sensibilidade, metas e humanização.

Talvez o seu maior legado, entretanto, tenha sido na formação de lideranças. Eduardo foi um verdadeiro lapidador de talentos políticos. Sob sua orientação e confiança, Paulo Câmara foi secretário da Fazenda e, mais tarde, indicado para sucedê-lo no Governo de Pernambuco. Raquel Lyra, hoje governadora, foi sua secretária da Criança e Juventude, adquirindo a experiência e a visão que levaria para a Prefeitura de Caruaru e, depois, para o Palácio do Campo das Princesas.

No Recife, o traço de Eduardo também é visível. Geraldo Júlio, secretário de Planejamento e Gestão, foi lançado por ele à Prefeitura, onde governou por dois mandatos. Hoje, a capital é administrada por João Campos, seu filho, deputado federal mais votado da história de Pernambuco em 2018 e legítimo herdeiro político, que carrega o DNA de inovação, diálogo e foco em resultados que marcaram a trajetória do pai.

Eduardo mudou o padrão de liderança no estado. Tinha a rara capacidade de ser, ao mesmo tempo, técnico e político; gestor de números e construtor de alianças. Dominava os detalhes de cada projeto e, ainda assim, sabia ouvir, compor e mobilizar. Sob sua influência, Pernambuco aprendeu a planejar com visão de longo prazo, a acreditar que era possível competir com os estados mais desenvolvidos e a transformar promessas em realizações concretas.

Onze anos após sua partida, o vazio deixado por Eduardo Campos ainda é sentido. Mas seu legado se mantém vivo na obra construída, nas lideranças que formou e no espírito de ousadia que inspirou. Ao recordar seus 60 anos de nascimento e mais de uma década de ausência, Pernambuco reafirma que Eduardo não foi apenas um capítulo importante da sua história recente — foi o autor de um projeto que continua a escrever o futuro do estado.

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