Detentor de diversos prêmios, o imortal era um defensor da liberdade de expressão e lutou contra a ditadura militar na década de 60
Morreu na manhã deste domingo (4/12), no Rio de Janeiro, o poeta e escritor Ferreira Gullar. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or na Zona Sul carioca. A causa da morte ainda não foi divulgada. Gullar estava com 86 anos e, há dois, havia se tornado um imortal ao assumir a cadeira de número 37 na Academia Brasileira de Letras, que já foi de Assis Chateaubriand, entre outros.
Gullar foi um dos poetas mais relevantes da literatura brasileira e marcada pelo posicionamento político. Era um defensor da liberdade de expressão e tinha como bandeira a luta contra a opressão social. Quando os militares deram o golpe e assumiram o poder no Brasil, na década de 60, o poeta chegou a se exilar justamente por suas convicções progressistas. No ano do golpe, em 64, Gullar se filiou ao Partido Comunista Brasileiro. Quando a repressão chegou ao ápice, com a publicação do AI-5, o poeta foi preso. Em 1971, deixou o país e viveu na Rússia, Chile, Argentina e Peru.
Ferreira Gullar recebeu o Prêmio Camões em 2010 e o Prêmio Jabuti em 2007 com o livro "Resmungos", e, em 2011 com "Em alguma parte alguma. Além disso, foi um dos fundadores do grupo de teatro Opinião e colaborador ativo da revista O Pasquim.
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