quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Legislativo homenageia músico francês e escritores garanhuenses

 


A Câmara Municipal de Vereadores de Garanhuns, em sessão ordinária fez uma justa homenagem e reconhecimento há algumas figuras ilustres que viveram na suíça pernambucana; foram eles: Fernand Jouteux (músico); e os escritores, Luzinette Laporte; Mário Márcio e Narcisa Coelho. Todos darão nomes a ruas no município, após aprovação de Projeto de Lei de autoria do Vereador Filho (MDB).

Os quatro homenageados, segundo depoimento do escritor e historiador Igor Cardoso, “viveram amando o município, dedicando-lhe o melhor de suas inspirações.”

LAPORTE - Nascida na cidade de Catende, Luzinette se mudou ainda muito jovem para Garanhuns, onde fez o curso ginasial e o pedagógico no Colégio Santa Sofia e o científico no Colégio Diocesano.

A decisão de dedicar sua vida à educação e, posteriormente, também à literatura, fez a futura escritora mergulhar no mundo do conhecimento, realizando, entre outros cursos, os de Administração Escolar, Francês, Português, Sociologia e Supervisão Rural. Sua densa e ampla bagagem cultural possibilitou que exercesse relevantes cargos públicos, como os de secretária de Educação de Garanhuns e diretora do Departamento Regional de Educação (Dere), e se tornasse colaboradora de importantes publicações de Pernambuco e da região Sudeste.

MÁRCIO – Professor universitário, ele foi historiador, crítico literário, ensaista e romancista brasileiro. Bacharel em direito, Mário Márcio também era formado em geografia e filosofia; área em que concluiu doutorado.

JOUNTEX – Nascido em Chinon,  na França, a 11 de janeiro de 1866, e falecido em Belo Horizonte, a 16 de setembro de 1956, Eugène Maurice Fernand Jouteux, mais conhecido como Fernand Jouteux, foi um músico, compositor, arranjador, professor e regente francês, radicado no Brasil desde o ano de 1899, mais precisamente na fazenda de café Bela Aliança (em francês, Belle Aliance), distante cerca de três léguas de Garanhuns. Casado com Magdeleine Aubry, sua ex-aluna, modista, especializada na manufatura e conserto de chapéus, Jountex viajou parte de Pernambuco e do Brasil, vivendo algumas aventuras. Juntos eles viveram da música e da língua francesa, dando lições de ambas.

NARCISA – Nascida em Garanhuns, em 22 de abril de 1852, Narcisa Brasil Coelho, era filha de João Correia Brasil e de Maria Francisca de Melo, membros de tradicionais famílias do município.

Casada com o Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho, o decano dos comerciantes de Garanhuns, em seu tempo, ela teve filhos notáveis, artistas e intelectuais. Por vezes, seus filhos, Arlindo, que tocava flauta, e Everardo, jornalista e poeta, organizavam em sua residência na avenida Santo Antônio, Saraus de arte que marcaram época.

Dona Narcisa, por sua vez, era exímia poetisa, chegando a compor um livro de versos sob o título “Folhas do cipreste”.  Muito contribui para formação moral de seus conterrâneos, principalmente da geração que a encontrou na adolescência, já enchendo de poesia a cidade.

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