Os quatro homenageados, segundo depoimento do escritor e historiador Igor Cardoso, “viveram amando o município, dedicando-lhe o melhor de suas inspirações.”
LAPORTE - Nascida na cidade de Catende, Luzinette se mudou ainda muito jovem para Garanhuns, onde fez o curso ginasial e o pedagógico no Colégio Santa Sofia e o científico no Colégio Diocesano.
A decisão de dedicar sua vida à educação e, posteriormente, também à literatura, fez a futura escritora mergulhar no mundo do conhecimento, realizando, entre outros cursos, os de Administração Escolar, Francês, Português, Sociologia e Supervisão Rural. Sua densa e ampla bagagem cultural possibilitou que exercesse relevantes cargos públicos, como os de secretária de Educação de Garanhuns e diretora do Departamento Regional de Educação (Dere), e se tornasse colaboradora de importantes publicações de Pernambuco e da região Sudeste.
MÁRCIO – Professor universitário, ele foi historiador, crítico literário, ensaista e romancista brasileiro. Bacharel em direito, Mário Márcio também era formado em geografia e filosofia; área em que concluiu doutorado.
JOUNTEX – Nascido em Chinon, na França, a 11 de janeiro de 1866, e falecido em Belo Horizonte, a 16 de setembro de 1956, Eugène Maurice Fernand Jouteux, mais conhecido como Fernand Jouteux, foi um músico, compositor, arranjador, professor e regente francês, radicado no Brasil desde o ano de 1899, mais precisamente na fazenda de café Bela Aliança (em francês, Belle Aliance), distante cerca de três léguas de Garanhuns. Casado com Magdeleine Aubry, sua ex-aluna, modista, especializada na manufatura e conserto de chapéus, Jountex viajou parte de Pernambuco e do Brasil, vivendo algumas aventuras. Juntos eles viveram da música e da língua francesa, dando lições de ambas.
NARCISA – Nascida em Garanhuns, em 22 de abril de 1852, Narcisa Brasil Coelho, era filha de João Correia Brasil e de Maria Francisca de Melo, membros de tradicionais famílias do município.
Casada com o Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho, o decano dos comerciantes de Garanhuns, em seu tempo, ela teve filhos notáveis, artistas e intelectuais. Por vezes, seus filhos, Arlindo, que tocava flauta, e Everardo, jornalista e poeta, organizavam em sua residência na avenida Santo Antônio, Saraus de arte que marcaram época.
Dona Narcisa, por sua vez, era exímia poetisa, chegando a compor um livro de versos sob o título “Folhas do cipreste”. Muito contribui para formação moral de seus conterrâneos, principalmente da geração que a encontrou na adolescência, já enchendo de poesia a cidade.
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