Assim como fez o presidente Jair Bolsonaro na eleição de 2018, quando faltou aos debates com os adversários, o candidato do PTB à prefeitura de Garanhuns, Silvino Duarte, não compareceu ao debate promovido nesta quinta-feira pela manhã pela Rádio Jornal.
Radialista Eduardo Peixoto, que mediou o programa, informou que a equipe de Silvino participou das reuniões, a presença do petebista foi confirmada, mas ele não apareceu na emissora para participar do confronto de ideias.
Os seis candidatos presentes não perdoaram a atitude do representante do PTB e o chamaram de "fujão".
O mais incisivo na crítica foi o delegado João Lins (DEM), que ao avaliar o setor de saúde de Garanhuns como um lixo, comparou o gestor atual do município com seu candidato. "A cidade hoje não tem prefeito. Ele foge das questões da saúde como Silvino foge do debate", disse João, a certa altura do programa.
João Lins ainda comparou os integrantes do grupo político que está no poder em Garanhuns a porcos, que segundo ele "comem na mesma gamela".
Paulo Camelo (PCB) também criticou a ausência do petebista, disse que os mesmos políticos se revezam no poder há mais de 20 anos e defendeu que o município seja devolvido a seus filhos, pois a 44 anos é dominado pelo que ele chama de "Legião Estrangeira".
Socialista Sivaldo Albino adotou uma linha mais propositiva, porém da mesma maneira que os outros candidatos lamentou que Silvino tenha fugido ao debate, a seu ver representa um desrespeitando principalmente a população de Garanhuns.
Deixou claro que com o apoio do governador, deputados e senadores vai buscar recursos para investir não somente em pavimentação, mas também buscando melhorar a saúde, a educação e a infraestrutura, tentando também atrair empreendimentos que gerem emprego e renda na cidade. Disse que se for prefeito a prioridade será concluir as muitas obras inacabadas da atual gestão, principalmente as creches.
Coube Valter Couto, em dobradinha com Ronaldo Todinho, cutucar Zaqueu Lins. O segundo perguntou ao primeiro se ele achava que alguém preso por compra de votos pode ser candidato a prefeito de Garanhuns. Os dois criticaram a prática, atingindo diretamente o candidato do PP.
Valter Couto defendeu que se traga de volta as empresas que saíram de Garanhuns lamentando que os jovens da cidade não tenham opção de emprego. "Por que as empresas só fazem sair da cidade e não vem nenhuma nova?", questionou o representante da Rede de Sustentabilidade.
Questionado também por Paulo Camelo, Zaqueu admitiu que enquanto foi aliado do governo Izaías Régis teve cargos na prefeitura, mas garantiu que no momento não tem ninguém sue trabalhando no município por indicação.
No final, o delegado João Lins deu um recado duro para Silvino: disse que está acostumado a prender bandido que foge e não adianta o candidato ter fugido do debate porque terminará também pagando pelos seus erros. "Eu sou realmente o novo na política de Garanhuns", frisou.
Paulo Camelo encerrou defendendo que Garanhuns seja devolvida ao seu próprio povo , pois há 44 anos é dominada pelo que chama de "Legião Estrangeira".
Já Ronaldo Todinho pediu uma análise de todos os candidatos, principalmente do que esteve ausente. Na sua avaliação, Silvino, a quem chamou novamente de fujão, é o verdadeiro "coveiro de Garanhuns".
Além de ser atingido pela questão da prisão por compra de votos, Zaqueu Lins teve de responder a uma pergunta de Paulo Camelo por ter votado contra os professores num projeto enviado à Câmara Municipal.
Ele negou e disse que sempre defendeu os profissionais de ensino.
Ao se despedir dos ouvintes, Zaqueu agradeceu ao Sistema Jornal do Comércio pelo debate, lembrou que é vereador há 20 anos e garantiu que sempre lutou pelos interesses do povo de Garanhuns.
O penúltimo a se despedir foi Sivaldo Albino que lamentou a ausência de Silvino. Segundo o socialista, o candidato do PTB se acovardou e a população precisa levar esse gesto dele em consideração. Lembrou que ele e o vice, Pedro Veloso são filhos de Garanhuns.
Sivaldo afirmou ser o candidato com mais chances de promover a mudança e impedir que o município permaneça mais quatro ou oito anos nas mãos do que estão no poder há mais de duas décadas.
Valter Couto encerrou o programa relembrando seu trabalho na Celpe, que lhe proporcionou conhecer bem a cidade. Revelou seu desejo de fazer mais por Garanhuns e pediu a oportunidade de concretizar seus projetos como prefeito.
Programa foi transmitido pela rádio e redes sociais e alguns internautas não perdoaram Silvino, que mesmo ausente se destacou. "É o Doutor Fulgindo", cravou um internauta em um grupo de WhatsApp de Garanhuns.
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