domingo, 9 de abril de 2023

2024 é logo ali, 2026 também

João Campos, Gilson Machado Neto, Priscila Krause, Daniel Coelho e André Ferreira


Por Ricardo Antunes — 
2024 já começou e todo mundo sabe disso. Sonhando dia e noite com sua reeleição, o prefeito João Campos tem trabalhado bem e, hoje, ainda é o favorito, mas não pode subestimar a oposição. Ela sabe que se perder em Recife, em 2024, pode entregar o Governo do Estado novamente ao PSB, em 2026. Por isso deve ir para o tudo ou nada.

O nome da direita parece ser mesmo o do ex-ministro de Turismo, Gilson Machado Neto, que jura que Bolsonaro vai andar pelo Recife do seu lado pedindo votos. O ex-presidente pode ficar inelegível, mas pode fazer campanha para seus candidatos à prefeito em todo país.

E o nome da governadora, que já mostrou que não quer alinhamento automático com a polaridade Esquerda X Direita?

A rigor, ela só tem duas opções. Sua vice, Priscila Krause e seu secretário de Turismo, Daniel Coelho. Um dos dois teria que fazer o papel que Raquel desempenhou em sua campanha vitoriosa. Se equilibrar no pêndulo para conquistar votos dos dois extremos e manter o que já se tem de eleitores do centro. Aqueles que não vão torcer por João Campos e o PT nem muito menos pelo candidato de Bolsonaro.

Caso Raquel Lyra não viabilize Priscila Krause ou Daniel Coelho como candidato a disputa pode ficar entre a esquerda (João Campos com o apoio de Lula e do PT) e a direita (Gilson Machado com o apoio do “bolsonarismo”), reeditando a ainda polarização nacional que parece não ter data para acabar.

Uma eventual candidatura do deputado conservador André Ferreira não tem como prosperar, embora ele conte com os evangélicos e esteja com muito dinheiro para gastar. Dúbio e com fama de “traidor” ele perde feio para o nome de Gilson Machado Neto que se consolidou como a grande liderança da direita em Pernambuco nas últimas eleições. Só em Recife, foram 350 mil votos. Os outros candidatos nanicos e partidos que ousarem desafiar a radiografia acima nem merecem comentários. Vão para o jogo por conta do nosso triste sistema eleitoral que permite mais de 40 partidos no país.

Em resumo: 2024 é logo ali e 2026 também.

É isso.

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