terça-feira, 3 de outubro de 2023

O dilema de Túlio Gadelha

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Grata surpresa nas eleições de 2018 quando elegeu-se deputado federal com 75.642 votos pelo PDT, Túlio Gadelha mostrou em 2022 que sua eleição não havia sido sorte de principiante, e alcançou a reeleição, desta vez pela Rede Sustentabilidade, com 134.391 votos. Apesar de ter elegido apenas dois deputados federais, a Rede tem uma federação com o PSOL, que tem maioria na executiva e deverá priorizar seus quadros em disputas municipais.

No Recife, ao que tudo indica o partido reivindicará a indicação do nome, que deverá recair sobre a deputada estadual Dani Portela. Com isso, Túlio Gadelha ficará impossibilitado de disputar a prefeitura do Recife em 2024. Havia uma expectativa de parlamentares que o presidente da Câmara, Arthur Lira, pautasse um dispositivo que permitisse uma janela para deputados federais nas eleições municipais, fato que não se concretizou, o que dificulta a vida de Gadelha no objetivo de disputar a PCR.

Há quem afirme que ele possa conseguir uma carta de anuência da Rede Sustentabilidade, pois concedeu uma votação importante para o partido no sentido de contabilidade para fundo eleitoral e fundo partidário, mas como a legenda integra uma federação, o PSOL teria quadros que poderiam reivindicar o mandato na justiça, a exemplo da suplente Robeyonce, que seria beneficiada por uma eventual perda de mandato do parlamentar.

O dilema de Túlio Gadelha não é pequeno, pois tem uma avenida de oportunidades para ter uma expressiva votação para a prefeitura do Recife, mas esbarra em questões burocráticas do seu partido, que virou um grande entrave para o seu futuro político.

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