quinta-feira, 15 de agosto de 2024

AVANÇO NA EDUCAÇÃO: Ideb 2023: Pernambuco supera média nacional no Ensino Médio

Estado também é um dos três líderes nas notas do Ensino Médio na rede pública

Por: Diario de Pernambuco

          Ensino Médio da rede pública atingiu meta de 4,5 (Josimar Oliveira/SEE)

Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que Pernambuco superou a média nacional no Ensino Médio.

Levando em consideração a rede pública e a rede privada, o Estado atingiu média de 4,5 nesse quesito, enquanto a do Brasil foi 4,3.

Além disso, Pernambuco atingiu sua meta para o Ensino Médio na rede pública (4,5) e é um dos três líderes nas notas desse segmento, sendo o primeiro colocado no Norte e Nordeste.

Goiás (4,8) e Piauí (4,3) também alcançaram seus objetivos no Ensino Médio público.

Na rede privada, a nota de Pernambuco foi 5,5, abaixo da meta de 6,8 projetada para a categoria.

Na edição anterior do Ideb, em 2021, o Ensino Médio da rede estadual pernambucana tinha ficado com 4,4, e o da particular, com 5,6.

Ensino Fundamental

Os dados também mostraram que Pernambuco obteve avanços nas outras etapas de ensino.

Nos anos iniciais, a nota subiu para 6,2, superando a média de 2021, que foi 5,3, e a meta estabelecida pelo MEC de 5,0. Isso demonstra um crescimento de 1,2.

Nos anos finais, o Estado atingiu 4,9, um aumento em relação à nota de 4,8 registrada em 2021.

Avaliação

“O resultado que o Estado alcançou no Ideb enche o nosso coração de felicidade, pois mostra que estamos trilhando o caminho certo. Em mais essa vitória do Programa Juntos pela Educação, nós registramos novamente a terceira melhor nota do Brasil, sendo um dos únicos estados do País em que a rede estadual cumpriu a meta, com crescimento na comparação com o último índice. O conhecimento transforma o mundo, e no caso de Pernambuco essa mudança está acontecendo”, comemorou a governadora Raquel Lyra.

De acordo com o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Alexandre Schneider, a análise dos resultados do Ideb é fundamental para a orientação de políticas públicas que promovam a equidade e a excelência educacional. “A partir desses dados será possível identificar as áreas que precisamos buscar melhorias e criar ações visando o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade. Nosso dever é garantir um novo crescimento no ranking nacional, apoiando gestores, professores e estudantes”, destacou.

O que é o Ideb

O Ideb é composto por dados referentes à aprovação dos estudantes (fluxo escolar) e às médias de desempenho nas avaliações. É calculado a partir do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Varia de 0 a 10, de modo que quanto melhor o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.

O indicador foi criado em 2007, mesmo momento em que se estabeleceu o “Compromisso Todos pela Educação” (Decreto nº 6.094/2007), com metas a serem atingidas por cada estado brasileiro, pelo Distrito Federal e pelos municípios, bem como resultados projetados para cada unidade escolar. O primeiro ciclo do Ideb se encerrou em 2021. Em janeiro de 2024, o Inep instituiu um Grupo Técnico, o GT Novo Ideb, com o objetivo de elaborar um estudo técnico para subsidiar o MEC na atualização do Índice e de novas metas.

No Brasil

De acordo com o ldeb, o Brasil alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), atingindo a meta nacional estabelecida para o primeiro ciclo do indicador (2007-2021).

Nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), o Brasil alcançou 5 pontos e o ensino médio registrou 4,3 pontos, ficando abaixo das metas do indicador para o país nessas etapas, que era de 5,5 e 5,2, respectivamente.

Para o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o resultado do Ideb reforça a importância do MEC seguir atuando junto aos estados e aos municípios para a superação das desigualdades educacionais. “Estamos cientes do tamanho do nosso desafio para garantir uma educação pública de qualidade para todos. Por isso, estamos investindo em programas transformadores como o Pé-de-Meia e o Escola em Tempo Integral”, defendeu.

Desafios

Para enfrentar os desafios nessas duas etapas de ensino, o MEC informa que investe em programas como Pé-de-Meia. Ele pretende promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes no Ensino Médio, com previsão de atender quase 4 milhões de estudantes em 2024 com uma poupança de até R$ 9,2 mil ao longo de sua trajetória no Ensino Médio.

Para garantir que os estudantes aprendam mais, o MEC também vem apoiando a criação de 3,2 milhões de novas vagas em tempo integral com investimento de R$ 12 bilhões até 2026. Uma escola mais atrativa, com mais tempo e segurança em todo o Brasil é o foco do Programa Escola em Tempo Integral.

O Governo Federal disse, ainda, que, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), está implantando 100 novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o Brasil. O investimento é de R$ 2,5 bilhões. São R$ 25 milhões para cada unidade, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para compra de equipamentos e mobiliário. Serão 1,4 mil novas matrículas por instituto, totalizando 140 mil novas vagas para nossos jovens e garantindo a expansão da Educação Profissional e Tecnológica no Ensino Médio.

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