quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Ex-casal de pernambucanos trava, sob sigilo, briga judicial pela divisão de prêmio milionário da Mega Sena




Por Isabel Cesse

O processo corre em segredo de Justiça, mas um ex-casal de pernambucanos trava briga grande no Judiciário do estado para decidir se o prêmio de R$103 milhões, ganhado pela esposa — uma ex-dona de barraca de lanches — na mega sena em 2020, deve ou não ser dividido com o ex-marido, que é motorista.

Conforme informam partes dos autos, divulgados recentemente pelo Portal Juri News, o casal começou a namorar em abril de 2020, noivou em agosto e se casou em outubro do mesmo ano (no mesmo mês em que o prêmio foi anunciado). Mas, nove meses depois, o casamento chegou ao fim por iniciativa da mulher, que alegou como motivo o “comportamento grosseiro” por parte do então marido.

Mesmo após a separação, a ganhadora transferiu R$10 milhões para o ex e R$1 milhão para cada um dos filhos dele. Mesmo assim, em 2021, o homem entrou com uma ação judicial reivindicando R$ 66 milhões, alegando que os dois já viviam em união estável antes do sorteio.

O ex-marido argumentou que “o prêmio foi retirado de uma conta conjunta”. Disse também que, após a transferência dos valores, a então companheira “pediu o divórcio de forma cruel e o deixou sem recursos, mesmo sabendo que ele precisava de uma cirurgia”.

De um lado, o ex-marido argumenta que havia união estável, baseada no fato de que dormiam juntos na barraca de lanches dela antes do casamento. A defesa do motorista também alega que, no início da relação, ele participou financeiramente para o sustento do casal. De outro, a mulher nega a união estável, afirmando que vivia sozinha em sua barraca após ser despejada, enquanto ele morava com a irmã. E declarou que, como é evangélica, não teve relações íntimas com ele antes do casamento.

Em dezembro de 2023, a Justiça determinou o bloqueio de 50% dos bens da mulher até que a situação fosse resolvida. Mas dos R$103 milhões, apenas R$ 22,5 milhões foram encontrados, sendo 10% liberados em fevereiro de 2024. Segundo a defesa da mulher, a maior parte do dinheiro está indisponível, e ela mudou de cidade por motivos de segurança.

Até o momento, a Justiça ainda não decidiu sobre o mérito da disputa e chamam a atenção tanto os nomes dos autores da ação, como também o resultado final do processo.

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