Por Edmar Lyra
Adversários na disputa de 2020, PT e PSB convergem desde 2022, onde os dois partidos tiveram a vitória da chapa Lula/Geraldo Alckmin, que encerrou o ciclo do bolsonarismo no país. Apesar de o PSB ter perdido sua hegemonia em Pernambuco, a Frente Popular teve bom desempenho para as eleições legislativas.
Com vistas a 2024, tudo indica que os partidos caminharão juntos em torno da reeleição de João Campos. A exigência do PT é a indicação do vice de João, uma vez que o partido possui o maior tempo de televisão da provável coligação socialista e também detém uma militância aguerrida capaz de consolidar o favoritismo de João Campos. Vale ressaltar que no primeiro turno de 2020, PT e PSB ficaram com cerca de 58% dos votos válidos do Recife e se enfrentaram no segundo turno.
Na bolsa de apostas, caso João Campos tope mesmo aceitar a indicação da vice pelo PT, o nome do ex-vereador Mozart Sales tem ganhado força, pois teria a simpatia do ministro Alexandre Padilha, e ainda traria a grife do presidente Lula diretamente para a campanha de reeleição do prefeito, que surge com significativo favoritismo.
Utilizando-se do mantra de que quem tem prazo não tem pressa, o prefeito João Campos não precisa tomar qualquer decisão agora, apenas considerar os prós e os contras da indicação do PT na vice, mas fica cada vez mais claro que o partido não terá condições de lançar candidato em 2024, quebrando uma tradição de que desde 1985 o PT teve candidato a prefeito no Recife.
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