Raquel Lyra classificou o que ocorreu na votação como "um pouco estranho".
Por Blog da Folha
Governadora Raquel Lyra - Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco
A governadora Raquel Lyra (PSDB) fez questão de sair em defesa da sua correligionária e deputada estadual Débora Almeida (PSDB). Primeira mulher a presidir a Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a parlamentar foi uma das protagonistas de uma sessão tumultuada do Legislativo que aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Executivo. A tucana era contra a votação da proposta na última quarta-feira (22), mas acabou sendo voto vencido no colegiado. Após a votação, o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), criticou a condução feita pela legisladora dos trabalhos do colegiado durante a sessão.
Raquel Lyra classificou o que ocorreu na votação como "um pouco estranho". Após a polêmica, a governadora recebeu Débora Almeida, nesta quinta-feira (23), e manifestou solidariedade à legisladora diante do episódio. Raquel lembrou que há "muito poucas mulheres na Alepe" e que "é sempre mais difícil para a mulher chegar em espaço de poder".
"Primeiro, aqui, é o meu registro do papel da deputada Débora Almeida. São muito poucas deputadas mulheres na Assembleia Legislativa do nosso Estado. É sempre mais difícil mulher chegar em espaço de poder, e é importante que a gente possa se fortalecer mutuamente", afirmou.
A governadora, em seguida, relembrou que estimulou a candidatura de Débora para deputada estadual, que, na época, estava desistimulada com a política.
"Uma das primeiras pessoas que eu procurei quando eu decidi ser candidata a governadora foi a Débora Almeida, que estava saindo da prefeitura, não estava animada para a política naquele momento, mas eu fui buscar ela em casa e encorajá-la para disputar uma atividade política. E ela conseguiu ser eleita a primeira presidente mulher da Comissão de Finanças do nosso Estado. E ela tem exercido (a função) de maneira muito serena e firme o seu trabalho, como sempre foi", apoiou.
A governadora defendeu um "equilíbrio de forças" e "respeito mútuo" entre os Poderes. Segundo ela, o tema, inclusive, deve ser tratado dentro da Casa Legislativa. "Quero, aqui, dizer que a gente vive num Estado federal democrático de direito. É necessário equilíbrio de forças, um respeito mútuo do Poder Legislativo, Executivo, Judiciário. E nesse aspecto, eu trago aqui a minha solidariedade a ela, pelo que acompanhei de longe. Isso é uma coisa que deve ser tratada dentro da Casa, mas me parece ali um pouco estranho o que aconteceu durante a votação lá da primeira etapa na Comissão de Finanças da Comissão de Finanças da Comissão de Finanças", afirmou.
Questionada se achava o polêmica uma questão de gênero, a gestora respondeu:
"Os fatos estão postos. Estive com ela (Débora) hoje conversando sobre isso, me solidarizando. Como eu disse, é mais difícil mulheres ocupando espaços de poder e esses espaços de poder precisam ser respeitados na sua institucionalidade".
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