domingo, 21 de abril de 2024

Bolsonaro reúne aliados em Copacabana em ato contra Alexandre de Moraes

 

Bolsonaro durante ato em Copabana em 7 de setembro de 2022, que acarretou em inelegibilidade (Reprodução/Redes sociais)
Bolsonaro durante ato em Copabana em 7 de setembro de 2022, que acarretou em inelegibilidade (Reprodução/Redes sociais)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne milhares de aliados na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, neste domingo (21) em ato contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, seguindo polêmicas da retirada de conteúdos das redes sociais.

O local foi palco da manifestação de 7 de setembro de 2022 que acarretou na inelegibilidade de Bolsonaro, decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes, que julgou “uso eleitoral” da data.

Segundo aliados em Brasília, a postura do ex-presidente deve ser moderada, sem ataques pessoais. Bolsonaro deve se colocar como defensor da democracia, e manter o tom de Elon Musk e outros nomes da extrema-direita ao enquadrar o ministro como “ameaça à liberdade”.

Eu sou inocente

Diante de uma plateia com milhares de apoiadores em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PL) disse que é inocente, que não atacou o sistema eleitoral, que quer o direito de disputar eleições e defendeu Elon Musk, dono da rede X (antigo Twitter).

O ex-presidente discursou junto a aliados, neste domingo (21/4), em ato convocado por ele e organizado pelo presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia.

Sob o mote de defender a democracia, Bolsonaro criticou as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) e enalteceu Elon Musk com os argumentos de defesa à liberdade de expressão.

Silas Malafaia
o pastor Silas Malafaia chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “ditador” e “risco à democracia” em discurso, após polêmicas da retirada de conteúdos das redes sociais.

O líder evangélico e organizador da manifestação criticou a condução do inquérito das Fake News desde sua elaboração em 2019, afirmando que teria instituído o “crime de opinião”.

“Há dois anos eu chamo o ministro Alexandre de Moraes de 'ditador da toga'. Alexandre de Moraes, quem te colocou como o sensor da democracia? Quem é você para falar o que um brasileiro pode ou não falar? Todo ditador tem um 'modus operandi'. Prende alguns para colocar medo nos outros para que ninguém o confronte. Todo ditador tem uma imprensa oficial. Ele rasgou a Constituição”, declarou.

Ainda, Malafaia pediu ao povo que pressione o Senado Federal para aprovar Impeachment de Alexandre de Moraes, atacando o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD). “Você vai ser acusado de prevaricação”, disparou, chamando-o de “frouxo” e “covarde”.

O pastor também aproveitou o microfone e o trio elétrico para acusar a imprensa e o grupo Globo de fabricar fake news sobre a ‘minuta de golpe’.

“Bolsonaro apresentou um documento sugestivo para análise dos comandantes militares, não uma minuta de golpe. Se a minuta é fake news, o inquérito de pseudo golpe é uma farsa para atingir Jair Messias Bolsonaro”, discursou.


“Que golpe foi esse? Meia dúzia de baderneiros? Cadê a bala, cadê o canhão? Lula não foi impedido de ser presidente, o STF não foi impedido, deputados e senadores também não”, seguiu.


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