quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Bolsonaro passou incólume pelo JN e deve recuperar terreno

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

O presidente Jair Bolsonaro participou da entrevista do Jornal Nacional na última segunda-feira sob forte expectativa de como seria seu comportamento diante da bancada composta por William Bonner e Renata Vasconcelos. Temas espinhosos como desmatamento, pandemia e urnas eletrônicas foram levantados nos 40 minutos de entrevista, e o que poderia ter um efeito devastador na campanha do presidente, que tenta a reeleição, terminou sendo extremamente positivo para a sua campanha.

É bem verdade que Bolsonaro ainda está atrás nas pesquisas eleitorais, o Datafolha apontou uma desvantagem de quinze pontos do atual presidente para Lula, enquanto o Ipec mostrou uma vantagem de doze pontos para o petista. Porém esses números já foram mais prejudiciais e elásticos, e paulatinamente o presidente vem reduzindo a vantagem, graças a medidas como o Auxílio Brasil e resultados positivos da economia, como a redução da inflação e o aumento do emprego, efeitos que vem sendo observados por todas as camadas da população.

A entrevista teve grande repercussão nas redes sociais, apenas no Instagram, o atual presidente teve um ganho de 200 mil seguidores após o JN e ampliou sua presença naquela rede social com 20,8 milhões de seguidores. Nas rodas de conversa, apoiadores do presidente que estavam distanciados começaram a fazer uma inflexão e passaram a avaliar que a entrevista de um Bolsonaro mais sereno poderá garantir-lhe o sentimento de uma segunda chance junto ao eleitorado.

A audiência do JN também foi outro fator importante, pois foi a edição de maior audiência de 2022, com 32,3 pontos, o que aponta, segundo estimativas, que cerca de 40 milhões de pessoas chegaram a assistir à entrevista. As próximas pesquisas ditarão o tamanho da recuperação de Bolsonaro, a entrevista de Lula no mesmo local nesta quinta-feira também terá um papel importante para saber quem conseguiu sair-se melhor do bombardeio da bancada do JN, o que deverá ser aferido nas próximas pesquisas se a recuperação de Bolsonaro será mais pujante ou se a vantagem de Lula continuará elástica num momento em que se inicia também o guia eleitoral a partir da próxima sexta-feira.

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