Por Edmar Lyra
Sob a liderança do presidente Álvaro Porto, a Assembleia Legislativa de Pernambuco vive um momento diferente do que se percebeu no tocante aos seus antecessores Eriberto Medeiros, Guilherme Uchoa e Romário Dias, que ocuparam as funções nos governos Paulo Câmara, Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos.
Todos os embates com o executivo tiveram uma vitória pessoal do chefe do legislativo, a exemplo da própria eleição de Álvaro Porto, as duas eleições para o TCE e mais recentemente a aprovação do orçamento impositivo e a derrubada dos vetos do executivo. Por iniciativa do deputado João de Nadegi (PV), a Alepe aprovou um projeto que permite a antecipação da eleição da mesa diretora, cuja previsão se daria entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025.
Com a aprovação, o presidente Álvaro Porto que já voava em céu de brigadeiro chegará extremamente fortalecido no momento em que julgar pertinente para buscar o segundo mandato, e ficar no comando da Casa de Joaquim Nabuco até 31 de janeiro de 2027, portanto passará a eleição de 2026 com a caneta de presidente da Alepe.
Na prática está havendo uma espécie de semi-parlamentarismo em Pernambuco, tendo, na visão dos deputados, Álvaro Porto como seu primeiro-ministro. A situação não difere do que já acontece no plano nacional, onde o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, exerce forte protagonismo, sendo assim tanto no governo Jair Bolsonaro quanto no atual governo Lula. Após experimentarem a força que o legislativo pode ter, será difícil a Casa de Joaquim Nabuco retroceder do protagonismo obtido independente de quem venha a ocupar o Palácio do Campo das Princesas, e o grande mentor e executor desta força política é o presidente Álvaro Porto.
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