Por Edmar Lyra
Eleito com uma ampla frente política em 2020, João Campos havia perdido três partidos para a governadora Raquel Lyra: o PSD, o PP e o PDT, que estavam na sua coligação no pleito passado. O MDB seria a quarta legenda a ficar com a governadora e poderia não apoiar a sua reeleição.
Esse movimento ficou em vias de consolidação, com grandes chances de Raquel formalizar uma participação do MDB no governo, através de uma robusta secretaria. Inclusive, os nomes da deputada federal Iza Arrruda e do deputado estadual Jarbas Filho foram ventilados para o secretariado, tamanho o avanço das negociações.
Porém, uma demora na equação, fez com que o MDB, que chegou até ser ventilado como destino de Daniel Coelho para disputar a prefeitura do Recife, anunciasse ontem a permanência na Frente Popular e consequentemente o apoio à reeleição de João Campos. O movimento não só garante um robusto tempo de televisão ao socialista, como tira dele a pressão para que o PT fique com a sua vice.
Então, João Campos acabou saindo no lucro, acertando o passo na demora do adversário, pois indiscutivelmente a estrutura do governo estadual é infinitamente maior que a da capital pernambucana, então em condições normais de temperatura e pressão, o Palácio acabaria levando a melhor num embate direto, mas por algum percalço no caminho, João Campos acabou ficando com o MDB. Que o Palácio entenda a lição, e não negligencie as outras negociações com partidos igualmente relevantes, a exemplo do PP.
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