Por Ricardo Antunes, de Madri – A política pernambucana virou mesmo caso de polícia. Depois de negociar o apoio da prima Marília Arraes, que antes falou cobras e lagartos dele, inclusive de acobertar corrupção, o prefeito João Campos (PSB) mostra que não importam os meios para se chegar ao governo de Pernambuco em 2026. O que vale mesmo são os fins.
Para isso, ele não terá constrangimento algum, como aliás faz a grande maioria dos políticos brasileiros, e vai apoiar o retorno à Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho do ex-prefeito e atual deputado estadual Lula Cabral (Solidariedade).
Cabral passou quase três meses preso, entre 2018 e janeiro de 2019, sob a acusação de desvio de R$ 92,5 milhões do fundo previdenciário dos funcionários da Prefeitura. Reassumiu a prefeitura com tornozeleira eletrônica após quase um ano afastado. Foi eleito deputado estadual em 2022 por recontagem de votos determinada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reformar decisão do próprio TRE e aprovar a candidatura dele.
No entanto, decisão recente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) suspendeu temporariamente os efeitos da rejeição de contas do município, permitindo que Cabral se torne candidato à prefeitura do Cabo, cujo orçamento atual tem uma receita prevista de R$ 1,2 bilhão.
Sua filha, a ex-deputada Fabíola Cabral, responde a processo por “rachadinha” quando estava na Assembleia Legislativa de Pernambuco, conforme denunciou o Blog com exclusividade em duas postagens – uma em 5 de março, a outra no dia 23 passado. Veja a última reportagem no endereço.
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