Por Edmar Lyra
As reiteradas respostas do ex-prefeito Geraldo Julio excluindo-se do processo eleitoral de 2022 abriram perspectivas para que a Frente Popular possa ter um outro nome para a sucessão de Paulo Câmara no próximo ano. É evidente que em caso de mudança de posição do ex-prefeito e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, ele confirma a naturalidade da sua candidatura e consequentemente reunirá as condições de liderar a Frente Popular na disputa.
Mas em caso de manutenção do posicionamento adotado por Geraldo de forma enfática, nos bastidores há uma avaliação crescente de que o PSB terá que trabalhar com uma alternativa para na hora das definições não ser pego de calças curtas. É neste contexto que entra o atual secretário da Casa Civil, José Francisco Neto, braço-direito do governador Paulo Câmara, e praticamente uma unanimidade na base do governo, tanto na Alepe, quanto com a bancada federal e principalmente com prefeitos.
Assim como Paulo Câmara em 2014, José Neto não procura a postulação, tem um perfil discreto e com o sentimento de que tem capacidade de trabalho e credibilidade junto a todos aqueles que lidam diariamente com o chefe da Casa Civil. Desde a sua chegada a pasta que os ruídos de comunicação foram dissipados, e melhorou muito a relação do governo com diversos atores, que hoje estão satisfeitos com os rumos da Frente Popular.
O desafio de José Neto é o fato de ser um ilustre desconhecido de grande parcela da população, em contrapartida não possui nenhuma rejeição, e com o apoio maciço da Frente Popular, sobretudo na aliança com o PT, na condição de candidato de Lula, terá plenas condições de crescimento durante a campanha. Porém, está evidente que tanto Geraldo Julio quanto José Neto, a escolha que for determinada pelo PSB não poderá esperar até julho ou agosto, quando haverá a realização das convenções, tendo que se definir até abril, quando haverá a desincompatibilização dos secretários que serão candidatos em 2022.
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