quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Múltiplas candidaturas não são óbice à unidade da oposição

 

Por Edmar Lyra

Em meio às discussões sobre 2022, a oposição ao que tudo indica não ficará com apenas um nome para a disputa, e deverá ter de dois a três candidatos a governador. Além dos três prefeitos Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra, há uma expectativa para o lançamento de um nome bolsonarista para o pleito, o que por um lado fragmentaria ainda mais o campo oposicionista, mas por outro evitaria o carimbo de Bolsonaro aos três principais nomes na disputa.

O lançamento de três candidaturas a governador poderá viabilizar a existência de um segundo turno, o que seria muito bom para o candidato que chegasse à segunda etapa e enfrentasse o escolhido do PSB, que em condições normais de temperatura e pressão, estará no segundo turno. O grande desafio não é lançar mais de uma candidatura, mas sim fazer com que a estratégia de múltiplas candidaturas seja uma coisa alinhada entre os postulantes, sabendo que o adversário comum é o nome do PSB e não entre os oposicionistas, como aconteceu na disputa do Recife no ano passado.

A realização de um segundo turno já seria um ganho extraordinário para a oposição, uma vez que este mesmo grupo foi derrotado nas últimas três eleições em primeiro turno para governador, por isso é imprescindível que mesmo acontecendo as três candidaturas, que são legítimas no campo oposicionista, elas dialoguem entre si e possam fazer um contraponto inteligente e eficiente ao PSB durante o processo eleitoral.

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