Por Edmar Lyra
A declaração do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, de que o partido priorizará a renovação de quadros orgânicos do partido, foi interpretada no meio político como a primeira sinalização efetiva de que a Frente Popular atuará na construção de uma chapa alternativa para priorizar a reeleição dos orgânicos e não afugentar aliados que tentarão se eleger por outras siglas.
Maior bancada na Câmara dos Deputados com cinco parlamentares, o PSB possui, além dos cinco atuais mandatários, a oficialização das pré-candidaturas de Pedro Campos, Lucas Ramos e Clodoaldo Magalhães, este último bastante contestado pela bancada federal por supostamente estar ampliando suas bases em cima de quadros socialistas, ainda há expectativa para a filiação de Guilherme Uchôa Junior e Eriberto Rafael, o que, se confirmada a chegada de todos eles, dificultaria muito o projeto de reeleição de nomes como Tadeu Alencar e Milton Coelho, que obtiveram votações abaixo de 60 mil votos.
A solução para o impasse tem sido a criação de uma chapa alternativa para deputado federal além dos já consolidados PP, PT e Republicanos, que possuem chapa para eleger pelo menos dois parlamentares, a bola da vez seria o MDB, comandado no estado por Raul Henry e sob forte expectativa de qual seria o destino da sigla em 2022, caso Henry não monte chapa para federal e estadual.
Além da reeleição de Raul Henry, o MDB também tem como prioridade a reeleição de Tony Gel e a eleição de Jarbas Vasconcelos Filho para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, o que exigiria uma articulação do PSB no sentido de equacionar as chapas proporcionais para respeitar as particularidades locais de cada parlamentar e também esse imbróglio envolvendo os orgânicos do partido.
Por isso, o MDB ganha força para ser esta opção, pois ajudava quem já estava no partido e possibilitaria a eleição de quem está em siglas que não montarão chapas para 2022, tanto na Câmara Federal quanto na Alepe. No fim das contas Raul Henry atenderia exigências do diretório nacional e dissiparia qualquer risco de mudança de rumo do partido no estado.
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