Por Edmar Lyra
O Congresso Nacional aprovou a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro no tocante às federações partidárias. O texto segue para a promulgação e precisa ser publicado até o próximo dia 2 para que possa valer nas eleições do próximo ano.
O tempo exíguo é um fator de risco para a aprovação da federação, pois terá que ser promulgada até o próximo dia 2 de outubro para poder ter validade no pleito do próximo ano. Mas se porventura a promulgação acontecer, a federação deverá beneficiar poucos partidos, a exemplo do PCdoB, que poderá federar com PT ou PSB, e Cidadania, que tem grandes chances de federar com o PSDB.
Na prática, serão poucos os partidos que adotarão a medida, pois existem alguns contratempos, como a obrigatoriedade de as siglas federadas ficarem juntas pelo período de quatro anos, e com isso, haveria a exigência da verticalização da federação para as eleições municipais, sendo atrativa apenas para siglas que não atingem a cláusula de barreira e que tenham afinidade ideológica com as siglas maiores que irão se federar.
O caminho deverá ser mesmo, para a maioria das siglas, uma fusão como está acontecendo com o PSL e o Democratas, que formarão um superpartido, que se torne extremamente atrativo para a conjuntura nacional e que possibilite competitivas candidaturas a deputado, governador e senador nos estados.
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