Por Edmar lyra
O fim das coligações proporcionais deverá ser sacramentado pelo Senado Federal. O advento teve um impacto significativo nas câmaras municipais, quando reduziu significativamente o número de siglas representadas nas casas legislativas, mas em 2022, o impacto será ainda maior quando estarão em jogo as vagas de deputado estadual e federal.
Em Pernambuco, algumas siglas deverão montar chapas, a exemplo do PSL/DEM, Podemos e do PL na oposição, e na Frente Popular, PSB, PT, PP e Republicanos já são vistos como siglas que elegerão bancadas em 2022, especialmente na Câmara Federal. No PSB, que elegeu cinco parlamentares em 2018, há uma série de ressalvas dos atuais mandatários à chegada de alguns nomes, a exemplo de Clodoaldo Magalhães, que é socialista há anos e decidiu dar o salto federal, mas ele não é o único, há uma preocupação também com a chegada do vereador Eriberto Rafael ao partido, tido como pule de dez na disputa.
A solução encontrada seria formar uma chapa alternativa, que elegesse quatro a cinco deputados federais com parlamentares de siglas que dificilmente montariam chapas. Dois partidos importantes despontam com chances de ser o destino destes postulantes, são eles: o MDB e o PSD. Muito provavelmente o partido destinatário de alguns parlamentares que não montarão chapa deverá ser aquele que não for contemplado na chapa majoritária, hoje Raul Henry (MDB) é lembrado para ser vice-governador e André de Paula (PSD) tem seu nome colocado para o Senado.
Essa equação não só evita problemas entre parlamentares federais e aspirantes ao posto como também ajudará aos deputados mais ao centro em caso de vitória no exercício do mandato, uma vez que no PSB eles poderão até se eleger, mas teriam dificuldades para votações no Congresso Nacional que destoariam da orientação do partido, portanto estar num partido de centro ajudaria o parlamentar a ter maior mobilidade em Brasília independente de quem venha a ser o próximo presidente da República.
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