sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Movimentos colocam dúvidas sobre projeto de Miguel Coelho no União Brasil

 

Foto: Fernando da Hora/Divulgação

Por Edmar Lyra

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, oficializou o ingresso no Democratas em setembro de 2021 em ato festivo na capital pernambucana, poucos dias depois o partido anunciou a fusão com o PSL para a criação do União Brasil, uma espécie de superpotência partidária para as eleições de 2022. Naquela ocasião, Miguel não contou com a presença do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, o que deixou muita gente cética quanto ao envolvimento do parlamentar no projeto do prefeito petrolinense.

Passados quase cinco meses daquele ato, o União Brasil está em vias de ser oficializado pelo TSE, após cumprir os trâmites legais, porém a dúvida sobre a manutenção do projeto de Miguel Coelho de ser candidato a governador pelo partido permaneceu e se agravou esta semana com dois movimentos. O primeiro foi a reunião de Luciano Bivar com o governador Paulo Câmara no Palácio do Campo das Princesas na última segunda-feira, que aumentou os rumores na classe política de que o União Brasil pudesse formalizar uma aliança com o PSB, o segundo movimento se deu ontem, com o anúncio de um ato do Podemos em apoio à postulação de Miguel ao governo de Pernambuco.

Ora, o apoio do Podemos seria natural se primeiro houvesse o anúncio formal da pré-candidatura de Miguel Coelho por parte do União Brasil, mas quando o próprio partido do postulante não faz esse anúncio e cabe a um segundo partido fazê-lo, reforça dois tipos de rumores, o primeiro de que Miguel poderá mesmo não ser candidato pelo União Brasil, o segundo é que o gestor poderia se filiar ao Podemos para manter o seu projeto de chegar ao Palácio do Campo das Princesas vivo.

Há uma outra tese em curso, que seria a saída do deputado federal Fernando Filho e do ex-ministro Mendonça Filho, ambos do Democratas, para o Podemos, com o objetivo de serem candidatos à Câmara Federal pelo partido de Ricardo Teobaldo. Se materializada, a tese reforçaria a dúvida se o União Brasil manteria a pré-candidatura de Miguel Coelho a governador. É importante frisar que o projeto de Miguel pelo União Brasil com o apoio do Podemos tem um tamanho e uma perspectiva, devido a força da nova sigla, já pelo Podemos, o projeto teria outro tamanho e outra perspectiva, ambos menores para a disputa de outubro.

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