Por Edmar Lyra
Apesar de ser um ilustre desconhecido do eleitorado pernambucano, com maior densidade eleitoral no sertão do São Francisco, que compreende o menor colégio eleitoral do estado, onde está situada Petrolina, Miguel Coelho é atualmente o único pré-candidato a governador decidido a entrar na disputa sob qualquer circunstância.
Aos 31 anos, Miguel Coelho se preparou para deixar a prefeitura e disputar a sucessão de Paulo Câmara, com uma gestão moderna, arrojada e reconhecida pelos petrolinenses, Miguel tem 88% de aprovação e no dia 30 de março deixará o cargo para disputar o Palácio do Campo das Princesas, um sonho antigo do seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que tentará realizar no projeto do filho.
Diferentemente dos seus colegas oposicionistas, Anderson Ferreira e Raquel Lyra, que não falam muito sobre os seus projetos, Miguel sabe que tem desafios a serem enfrentados e aplicou a máxima de que quem é coxo, parte cedo, e já montou toda equipe de campanha, tanto no marketing quanto no jurídico, como também na questão logística, e atualmente é visto como o único pré-candidato dentre as opções colocadas com cadeira cativa na disputa.
Evidentemente que pairam dúvidas se o União Brasil bancará seu projeto, uns dizem ser inexorável sua candidatura pelo partido, outros nutrem a dúvida se Luciano Bivar apostará na sua postulação, mas é provável que nos próximos dias essa dúvida seja dissipada, e caso seja confirmado pelo União Brasil com a garantia do apoio do Podemos e a possibilidade de apoio do MDB através da federação com seu partido, Miguel terá uma condição até então inimaginável quando deixou o MDB em 2021 para manter vivo seu projeto nas eleições deste ano.
A indefinição do PSB sobre o escolhido também tem ajudado Miguel, uma vez que com a colocação do seu projeto, pode sobrar algum partido da Frente Popular, eventualmente insatisfeito com o desfecho da escolha, que acabe indo para Miguel Coelho devido a sua persistência. Na história recente tivemos nomes desacreditados por muita gente, mas que foram persistentes e lograram êxito nas suas disputas, foram os casos de Eduardo Campos em 2006, tido como azarão, e venceu, e em 2018, Jair Bolsonaro sequer tinha um partido para disputar e acabou vencendo a disputa contrariando todos os prognósticos, portanto, Miguel poderá repetir a história por ter foco e ser claro sobre seu projeto para Pernambuco.
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