segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

PSD ganha força para ser chapa alternativa da Frente Popular

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Daqui a menos de trinta dias, mais precisamente no dia 2 de março, se iniciará a janela partidária para mudança de legenda de quem tem mandato eletivo, no caso os deputados estaduais e deputados federais, cujo encerramento acontecerá no dia 2 de abril, data limite para o prazo de filiação de quem for disputar mandatos eletivos em 2022.

Na Frente Popular, há um consenso que muitos parlamentares, em especial os deputados federais, teriam dificuldades para ingressar na federação que terá PT, PSB, PCdoB e PV, em vias de se oficializar, uma vez que são apenas 26 vagas e dessas seriam oito mulheres, o que dificultaria abrigar todos os postulantes a mandato na Câmara dos Deputados.

Outro fator é que muitos parlamentares teriam dificuldade de migrar para a federação, haja vista que seus mandatos seriam extremamente engessados se porventura outro candidato que não seja Lula for eleito em outubro, em especial o atual presidente Jair Bolsonaro, o que representaria uma federação extremamente radical em oposição a Bolsonaro, e com isso muitos deputados que hoje são integrantes da Frente Popular e em Brasília votam com o Planalto, ficariam em situação desconfortável.

Havia uma dúvida entre MDB e PSD sobre quem poderia representar essa chapa alternativa, porém com os rumores de federação do MDB com União Brasil ou até mesmo o PSDB, o processo avança para que o PSD, aliado de primeira hora do PSB desde sua fundação em 2011, seja o destino dos parlamentares que teriam dificuldade de montar chapa.

O próprio dirigente do PSD, André de Paula, caso não seja candidato majoritário, teria sérias dificuldades de montar a chapa sozinho, e isso se repete para Raul Henry (MDB), Augusto Coutinho (Solidariedade), Sebastião Oliveira (Avante) e Wolney Queiroz (PDT), além de candidatos que teriam dificuldade de ingresso no PSB, então o partido de Gilberto Kassab poderia ser uma opção segura para que estes parlamentares ingressem na disputa de 2022 sem grandes riscos não só no sentido eleitoral como do exercício do mandato propriamente dito.

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