Por Edmar Lyra
O Tribunal Superior Eleitoral oficializou ontem a criação do União Brasil, fruto da fusão entre PSL e Democratas. A nova legenda contará com 81 deputados federais e oito senadores, e quase R$ 1 bilhão de fundo, sendo R$ 780 milhões de fundo eleitoral e R$ 175 milhões de fundo partidário, totalizando R$ 955 milhões, suplantando a segunda maior legenda, o PT, que terá direito a R$ 601 milhões entre fundo partidário e eleitoral.
O novo partido tem como presidente nacional o deputado federal Luciano Bivar, que era presidente do antigo PSL, tendo também ACM Neto como secretário-geral do partido, que era presidente do antigo Democratas. Com o advento da fusão, os parlamentares podem entrar ou sair sem risco de perda de mandato, o que deverá significar a saída de pelo menos vinte deputados bolsonaristas que deverão migrar para o PL, novo partido do presidente.
Ainda sem um candidato a presidente da República, o União Brasil é motivo de cobiça de diversos postulantes ao Palácio do Planalto, dentre eles Sergio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e João Doria (PSDB), e aquele que vier a receber o aval do partido deverá se diferenciar política e eleitoralmente em relação aos demais postulantes da terceira via, mas não se descarta uma neutralidade nacional para facilitar entendimentos estaduais.
No caso de Pernambuco, o partido tem a pré-candidatura do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que na última segunda-feira recebeu o apoio do Podemos, mas igualmente comandado por Luciano Bivar no estado, o União Brasil segue na bolsa de apostas tanto para uma aliança com o PSB quanto para um apoio à pré-candidatura de Raquel Lyra ao governo de Pernambuco, cabendo ao seu presidente a decisão de escolher o que for melhor para o seu projeto. Evidentemente que assim como no plano nacional, a decisão que for tomada em âmbito estadual por Luciano Bivar será determinante para direcionar o rumo da sucessão de Paulo Câmara em outubro.
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