quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Bolsonarismo reforça perspectivas de candidatos do PL em Pernambuco

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

O presidente Jair Bolsonaro foi eleito em 2018 com uma votação de mais de 30% dos votos válidos no primeiro turno e de 33,5% dos votos válidos no segundo turno em Pernambuco. Seus votos aconteceram sem ter um palanque oficial no estado, uma vez que o PSL integrou a coligação de Armando Monteiro, do PTB, que  negou-se a pedir votos para Bolsonaro em Pernambuco.

Passados quatro anos, há uma nova realidade do processo eleitoral, o presidente tentará a reeleição pelo PL com uma coligação robusta que lhe garantiu palanques fortes em diversos estados do país, dentre eles Pernambuco. Se Bolsonaro sem ninguém pedindo votos pra ele obteve 30% em primeiro turno e 33,5% na segunda etapa no estado, a expectativa do Planalto é que o presidente possa ampliar de forma tímida seus votos em Pernambuco, podendo saltar para 35% dos válidos em primeiro turno e 40% dos válidos na segunda etapa.

As candidaturas de Anderson Ferreira a governador e Gilson Machado Neto a senador em Pernambuco cumprem o objetivo de ampliar a presença do bolsonarismo em Pernambuco, que vale salientar atingiu a maioria dos votos no Recife no primeiro turno e perdeu no segundo turno para Fernando Haddad por uma margem pequena. Anderson e Gilson deixaram claro na convenção do PL que a estratégia será vincular o voto bolsonarista aos seus respectivos projetos, quando abusaram das cores verde e amarelo nas peças da convenção.

Se Bolsonaro tiver 35% dos votos válidos e esse voto casar com Anderson e Gilson, poderá levar o ex-prefeito de Jaboatão ao segundo turno e transformar o ex-ministro do Turismo num fortíssimo candidato ao Senado, sobretudo se o voto lulista e de esquerda dividir de forma igualitária entre André de Paula (PSD) e Teresa Leitão (PT), devido a exploração de ambos na imagem de Lula, enquanto no espectro de Gilson, nem Guilherme Coelho (PSDB) nem Carlos Andrade Lima (União Brasil) despontam com chances de entrar na polarização nacional que deverá alavancar os nomes ligados a Lula e Bolsonaro.

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