sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Veja a “boquinha” da família de Marília citada por Raquel


Por Ricardo Antunes —  O hábito de nomear parentes na gestão pública é um tanto comum, embora haja leis contra o nepotismo. No entanto, essa legislação parece não alcançar parentes de aliados políticos, daí chovem caravanas. No debate da TV Globo, a candidata Raquel Lyra (PSDB) citou a boquinha da família da adversária, Marília Arraes (Solidariedade), nas gestões do PSB. E de fato, parentes dela nomeados em cargos de comissão não faltam.

A começar pelo pai dela, Marcos Arraes, filho do ex-governador Miguel Arraes. Figura polêmica, já atuou como diretor da Hemobrás, em Goiana, e no início do ano foi nomeado para a Secretaria de Imprensa daquele município, localizado na Mata Norte. Com salário de R$ 10 mil, o pai da candidata segue nomeado. Atuação é outra coisa. Ele se desfiliou do PSB ainda em 2014. A filha, só em 2016.

A esposa de Marcos e madrasta de Marília, Carla Santos Ramos Leal, trabalhava na gestão do PSB desde 2007. Era administradora do Palácio, com salário de mais de R$ 8 mil. Ela foi exonerada no início de agosto, pouco após a convenção que homologou a candidatura da enteada ao Governo. Carla é irmã do jornalista Carlos Percol, ex-assessor de Eduardo Campos, que também faleceu no acidente aéreo em 2014.

No debate, Raquel citou a “boquinha” da família da adversária

As regalias se estendem aos irmãos de Marília também. Arthur Leal Arraes de Alencar, ocupa, desde 2019, um cargo de apoio na assessoria da Administração Geral de Fernando de Noronha, com salário de R$ 1.500. Poucas vezes é visto dando expediente, para ser generoso, mas costuma curtir as belezas da ilha.

Já a irmã dela, Maria Leal Arraes de Alencar, ou agora somente Maria Arraes, que se elegeu deputada federal no último dia 2, também já foi indicada por ela para outros cargos. No ano passado, ela foi nomeada assessora especial da Procuradoria Municipal de Paudalho, cidade governada por Marcello Gouveia, que é também coordenador da campanha de Marília.

O salário era de R$ 3 mil, e ela pouco foi vista na cidade até se desincompatibilizar, em abril. Antes de Paudalho, Maria também teve um cargo na Emlurb, na gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) na Prefeitura do Recife, da qual Marília também chegou a ser secretária de Juventude e Qualificação Profissional.

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