Dono de uma hegemonia que durou dezesseis anos em Pernambuco, o PSB não conseguiu levar seu candidato Danilo Cabral ao segundo turno da disputa pelo governo estadual, que ficou na quarta colocação. Apesar disso, o PSB teve papel determinante no âmbito nacional quando levou o seu tempo de televisão para Lula e indicou Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente.
Aqui em Pernambuco, a forte capilaridade da Frente Popular entre prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e lideranças políticas em geral, garantiu a Lula mais de 65% dos votos válidos no primeiro turno e foi determinante para que Teresa Leitão fosse eleita senadora da República. Para o segundo turno, o PSB segue engajado para ampliar a votação de Lula para pelo menos 70% dos votos válidos no próximo domingo.
Caso Lula se eleja presidente no próximo domingo, o PSB terá um papel importante na governabilidade, pois além de ter o vice-presidente da República, deverá ocupar algum ministério. O partido tem a ascendência de Pernambuco na hegemonia do comando nacional, o que aumentam as possibilidades de um socialista pernambucano chegar à Esplanada dos Ministérios, cujo nome natural seria o do governador Paulo Câmara, que abdicou de disputar o Senado em prol da unidade entre PT e PSB em Pernambuco.
Comandando a prefeitura do Recife, independente do resultado que der sobre Marília Arraes no próximo domingo, o PSB terá prioridade da reeleição de João Campos, e naturalmente a relação com o PT deverá ser fortalecida. Além de o PT provavelmente passar a integrar a gestão socialista no Recife, os dois partidos deverão caminhar juntos em 2024 para manter a hegemonia da esquerda na capital pernambucana, o que reforçará os laços políticos entre as duas legendas e naturalmente dará um ponto de partida para que a Frente Popular busque retomar sua hegemonia no estado num futuro próximo.
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