Por Ricardo Antunes – Desde os camurins neófitos até as raposas mais emplumadas, todos os que mexem com política sabem que os gestos valem mais do que as palavras. É por isto que – mais do que frases gravadas para o guia eleitoral – a coordenação da campanha de Marília Arraes (SD) conta com uma visita de Lula a Pernambuco nesta semana decisiva para as eleições.
A candidata do Solidariedade saiu das urnas menor do que esperava. E segue em baixa em todas as pesquisas para o 2º turno. Mais: a adversária Raquel Lyra (PSDB) vem colecionando apoios até de aliados do petismo, a exemplo do deputado federal Gonzaga Patriota e dos prefeitos de Serra Talhada, Márcia Conrado, e de Águas Belas, Luiz Aroldo – ambos do PT.
A tucana já contabiliza pelo menos 110 prefeitos no seu palanque. E o desespero já bateu na porta de Marília: tanto que saiu pela culatra a tentativa de colar em Raquel a imagem de Bolsonaro a partir do episódio de uma simples “praguinha” colocada sorrateiramente por um passante…
É clara a tentativa da neta de Arraes no sentido de nacionalizar a campanha estadual, deixando de lado os problemas locais. Enquanto isso, Raquel busca criticar justamente os erros cometidos nos oito anos do governo Paulo Câmara. Resta, agora, saber se haverá a tão esperada, e necessária, contrapartida.
Esperada e necessária porque seria, hoje, a única chance real de virada de jogo para Marília. Os minguados apoiadores e a militância já desanimada estão vendo o barco afundar e estão se apegando nesta única tábua de salvação.
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