Por Edmar Lyra
Duas vezes candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho teve bom desempenho tanto em 2012 quanto em 2016, e ensaiou uma nova postulação em 2020, mas acabou inviabilizado pela decisão do então PSL de ter candidatura própria. Durante a campanha de 2022, Daniel foi um dos principais entusiastas da candidatura de Raquel Lyra, que acabou vencendo a disputa. Apesar do êxito tucano, Daniel não se reelegeu deputado federal porque sua federação não atingiu o quociente eleitoral.
Com a vitória de Raquel e não reeleição, Daniel Coelho acabou sendo escolhido pela tucana para ocupar a secretaria de Turismo do estado, uma pasta que projetou muitos políticos, a exemplo de Cadoca nos governos Jarbas Vasconcelos e de Felipe Carreras nos governos Paulo Câmara. A chegada de Daniel aconteceu na retomada pós-pandemia e ele vem desempenhando um bom papel na pasta, com a atração de investimentos para o estado.
Com densidade eleitoral no Recife, Daniel Coelho é visto como a opção mais competitiva da governadora Raquel Lyra para disputar a PCR em 2024, mas não se sabe se é estratégia ou se há outro componente envolvido, o fato é que Daniel não tem se portado como pretenso candidato. Talvez o que desencoraje o secretário seja a boa avaliação de João Campos e a incerteza de uma volta para a pasta em caso de não lograr êxito na disputa.
Se realmente o Palácio estiver decidido a lançar Daniel Coelho é fundamental que haja uma definição partidária, uma vez que o nanico Cidadania não lhe dá condições políticas de disputa, e uma sinalização mais clara em torno do projeto com vistas a 2024. Enquanto paira a incerteza quanto ao nome apoiado pela governadora, o prefeito João Campos voa em céu de brigadeiro por não ter adversários competitivos na disputa do próximo ano.
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