Por Edmar Lyra
A governadora Raquel Lyra conseguiu quebrar uma hegemonia de dezesseis anos do PSB, partido ao qual já foi filiada. Desde então tem buscado imprimir sua marca, pois pretende ficar oito anos a frente do Palácio do Campo das Princesas. Nas eleições de 2024, o PSDB, partido da governadora espera eleger pelo menos 50 prefeitos, e pelo menos outros 50 serem eleitos por legendas que apoiam o seu governo, a exemplo do PSD, do PP, do PL, do MDB e do Podemos.
Esse movimento não é novo, com a ascensão de Jarbas Vasconcelos do Palácio do Campo das Princesas em 1999, o então PMDB, o PFL e o próprio PSDB, partidos que integravam a União por Pernambuco cresceram significativamente em cima de partidos que estavam na oposição, a exemplo do PSB. Em 2006, ao eleger-se governador de Pernambuco, Eduardo Campos conseguiu anabolizar o PSB, que chegou a ter um número recorde de prefeitos.
Desde então o PSB com sua hegemonia política e eleitoral no estado conseguiu em 2008, 2012, 2016 e 2020 eleger um número significativo de prefeitos. Mas ao que tudo indica, o partido deverá sofrer um abalo por estar na oposição ao governo Raquel Lyra, que utilizará da força da sua caneta para atrair aliados.
O Palácio do Campo das Princesas possui um magnetismo político muito grande, exercendo força centrípeta para atrair aliados, devido ao volume de recursos que são espalhados por todas as regiões do estado. Algumas prefeituras sobrevivem na oposição ao governo, mas a maioria precisa de uma relação salutar com o Palácio, e por isso há uma busca muito grande de lideranças políticas pelo PSDB e pelas outras legendas que estão sustentando a governadora.
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