A Nação Zumbi vai comandar a festa na semana de pré-carnaval do Recife com apresentação da banda junto a convidados como Lia de Itamaracá, Jéssica Caitano e Maciel Salú. Os shows de abertura são da Academia da Berlinda, com o projeto Berlindance, Kirá e o bloco La Baladêra e DJ Damata.
Nação Zumbi – Crédito: @olucalima
A primeira edição do Ensaio da Nação, um encontro de gigantes da música e cultura brasileira, promete marcar a história de Recife, que este ano homenageia dois ícones da cultura pernambucana no carnaval 2024: Chico Science, figura central do Manguebeat nos anos 1990, e Lia de Itamaracá, símbolo da ciranda no Brasil.
No dia 3 de fevereiro, a Nação Zumbi, uma das bandas mais revolucionárias da música brasileira, vai comandar uma grande festa com a participação de diversos artistas no Terminal Marítimo, no bairro do Recife, a partir das 21h, abrindo alas para o carnaval pernambucano.
O Ensaio da Nação vai contar com as participações da Rainha da Ciranda Lia de Itamaracá, uma das homenageadas do Carnaval 2024, a artista multifacetada Jéssica Caitano e Maciel Salú, rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu-rural e militante das tradições populares. "Tocar com a Nação Zumbi é um sonho antigo. Banda que admiro e tenho muito respeito. Agora chegou a vez de, de certa forma, dar continuidade ao encontro que aconteceu anos atrás, entre Chico Science e meu pai, o Mestre Salustiano.", diz Maciel Salú.
A abertura do evento ficará por conta da banda olindense Academia da Berlinda, estreando o projeto Berlindance, do cantor e compositor Kirá, com o bloco La Baladêra, e do DJ Damata.
A Nação Zumbi é formada por Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo) e Toca Ogan (percussão), além dos músicos convidados Marcos Matias e Da Lua (alfaias), Tom Rocha (bateria) e Neilton Carvalho (guitarra).
Nação Zumbi
Criada no início dos anos 1990, na capital pernambucana, a Nação Zumbi (ainda sob a alcunha de ‘Chico Science & Nação Zumbi’), lançou seu primeiro álbum, “Da Lama ao Caos”, em 1994. O trabalho tornou-se um dos marcos do manguebeat, movimento que, ao lado da Bossa Nova e do Tropicalismo, é reconhecido como um dos mais importantes na contribuição da modernização da música brasileira. Recentemente, “Da Lama Ao Caos” foi eleito o melhor disco já feito no Brasil nos últimos 40 anos em uma enquete feita pelo jornal O Globo com 25 especialistas de todo o país. Nas três décadas de estrada em festivais importantes pelo país e exterior, houve várias formações da Nação. A banda conseguiu se reestruturar e soube se reinventar ano após ano, disco após disco, até chegar aqui. Remanescentes da formação original e fundadores da banda, junto de Chico Science, Jorge Du Peixe, Dengue e Toca Ogan seguem também em carreira solo com novos trabalhos.
Lia de Itamaracá
Foto Marcus Leoni
Maior voz da ciranda brasileira, Patrimônio Vivo de Pernambuco, Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Lia de Itamaracá negritou a história da cultura popular brasileira, sendo hoje uma de suas maiores representantes. A ciranda é seu gênero de origem, mas a artista também transita entre outros vários ritmos da música nordestina, como o coco, maracatu, afoxés, entre outras canções. Atualmente, Lia de Itamaracá circula pelo país com três bandas distintas. Mais recentemente, formou o Quarteto da Ciranda, onde ela mescla um pouco de cada proposta, com uma banda mais enxuta. Em janeiro de 2024, Lia completou 80 anos, festejando no festival que montou, “O Canto da Sereia”, que recebeu diversos artistas e fechou a festa dividindo o palco com a banda Nação Zumbi. Em 2024 será homenageada nos carnavais de Recife, Natal e pelo Estado de Pernambuco e vai desfilar em duas escolas de samba que contarão em seus enredos, a história da cirandeira: no Rio de Janeiro, a Império da Tijuca e em São Paulo, a Nenê de Vila Matilde.
Jéssica Caitano
Foto José de Holanda
Jéssica Caitano é uma artista multifacetada: cantora, compositora, rapper, repentista, percussionista, poetisa, declamadora, educadora e ativista. É da cidade de Triunfo, interior de Pernambuco, no Sertão do Pajeú. Co-fundadora da Fundação Cultural Ambrosino Martins e do Munguzá Sonoro. Integrante nos projetos de música eletrônica Radiola Serra Alta, Surra de Rima e Reboco. Idealizadora da Cristaleira, projeto de coco e poesia. Autora do cordel "Triunfo é no Pajeú a Flor do Alto Sertão". Coordenadora e Arte-educadora do grupo de crianças e adolescentes Cambindas de Triunfo. Produtora cultural nos coletivos Mangaio, Pantim, Mãe Chiquinha e RIPA (Rede Interiorana de Produtores, Técnicos e Artistas de Pernambuco.
Maciel Salú
Maciel Salu é rabequeiro, cantor, compositor, mestre de maracatu-rural e militante das tradições populares. De uma das famílias mais expressivas na cultura popular de Pernambuco, é filho do conhecido Mestre Salustiano (1945-2008) e o nome mais expressivo da rabeca pernambucana em sua geração. É de Cidade Tabajara, bairro de Olinda. Seu repertório inclui cocos, “baianos” de cavalo-marinho e composições próprias.
Academia da Berlinda
Foto Yuri Rabid
Conhecida por sua diversidade nas referências rítmicas e por sua forte veia latina, a Academia da Berlinda, que completa 20 anos de história em 2024, se prepara para iniciar as celebrações das duas décadas de música com o projeto Berlindance, show com releituras das principais referências que influenciaram o grupo no início da carreira. A estreia do projeto acontece no dia 3 de fevereiro, durante o Ensaio da Nação, em Recife. O Berlindance surgiu com a proposta de revisitar a origem musical da Academia da Berlinda, que nos últimos álbuns se permitiu explorar sonoridades diversas compiladas nos discos Academia da Berlinda (2007), Olindance (2011), Nada Sem Ela (2016) e Descompondo o Silêncio (2020). Algumas das músicas presentes no repertório da Berlindance são Pela Mulher (Caña Dulce), de The Boogaloo Combo; Lambada Classe A, de Aldo Sena; Surra de Amor, de Cassiano Costa; Em Plena Lua de Mel, de Reginaldo Rossi; e Maria da Horta, de Urbano Castro. Outros artistas reverenciados são Pinduca, Ivan Peter, Alípio Martins, Diana e Antônio do Fumo, entre outros.
Kirá
Foto @bellamontiel
O cantor e compositor cearense radicado no Distrito Federal Kirá, apresenta o bloco La Baladêra onde dialoga com os movimentos do MangueBeat e da Tropicália, evoca lendas folclóricas, blocos de rua consagrados, saudação à comunidades e grupos tradicionais do Cerrado e movimentos de insurgência históricos do Nordeste, como o "Caldeirão de Santa Cruz", a "Revolta de Canudos" e o "Cangaço". A apresentação "Na Baladêra" flerta com o imaginário do presente-futuro carnaval de rua do DF em cima da nova cena cultural brasiliense e do lado B dos hits de sucesso do Brasil. Desde 2021, o artista circula com seus dois shows: o "Pivete Baladeira" e o carnavalesco "La Baladêra". Com eles passou pelos grandes palcos de Brasília e realizou uma turnê internacional pela Europa. Seu primeiro álbum, intitulado Semente de Peixe (Kirá e a Ribanceira), conta com +140mil streamings orgânicos e 2 músicas premiadas em festivais.
DJ Damata
Dj Renato da Mata criou interesse pela música por influência do seu pai que é músico e tinha uma grande coleção de discos em sua casa. Isso o levou a um gosto musical amplo e eclético. Em seu repertório ele passeia por vários ritmos e estilos musicais. Sua intimidade com as pick-ups, técnica de mixagem e especial habilidade de manejar seu equipamento, se destacaram nos eventos de Recife e nas capitais do país.
Serviço Ensaio da Nação
com Nação Zumbi, Lia de Itamaracá, Jéssica Caitano, Maciel Salú, Academia da Berlinda, Kirá La Baladêra e DJ Damata
Data: 03/02/2024
Horário: A partir das 21h
Local: Terminal Marítimo, no bairro do Recife, Recife-PE.
Entrada: R$ 90 (meia-entrada), R$ 100 (social) e R$ 180 (inteira), pelo Brasil Ticket: https://brasilticket.com.br/
Redes Sociais:
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