Governadora justifica necessidade de mais servidores para o Estado
Por Larissa Rodrigues
Governadora recebeu medalha da OAB - Foto: Arthur Mota\FolhaPE
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), se pronunciou, nessa quinta-feira (25), a respeito dos servidores do Estado cedidos às prefeituras e que devem retornar imediatamente às funções originais.
Ela reafirmou a determinação da Secretaria de Administração (SAD) publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 20. Raquel falou sobre o assunto após receber a Medalha Heroínas de Tejucupapo 2023, concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE).
"O que a gente fez em 2023 foi o dimensionamento dos nossos quadros. Esse trabalho indica que precisamos de mais gente para cumprir nossos compromissos com a realização de políticas públicas em Pernambuco. Com isso, a partir de 1º de janeiro deste ano, a SAD determinou esse retorno, sob pena de que a gente tenha que fazer concursos públicos para preencher vagas de efetivos do Estado e que estão à disposição de outros órgãos", afirmou a governadora.
Segundo ela, não existia um relatório "adequado" dos cedidos. "Entendemos, já num primeiro momento, em janeiro do ano passado, que era preciso determinar a volta e o cadastramento e, como foi pactuado, a devolução de parte desses servidores para diversas instituições. São centenas e milhares de trabalhadores prestando seus serviçoes e, apesar de serem do Estado, estão em outros poderes, em prefeituras", explicou.
Secretários da PCR
A medida atinge diretamente quatro secretários do primeiro escalão do prefeito do Recife, João Campos (PSB): Fred Amâncio, da educação municipal, mas é auditor da Secretaria da Fazenda (Sefaz); Maíra Fischer, à frente da pasta de Finanças e que pertence à Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag); o secretário da recém criada pasta de Ciência e Tecnologia, Rafael Figueiredo - que é procurador do Estado; e o secretário de Habitação, Ermes Costa, que é servidor da Companhia de Saneamento de Pernambuco (Compesa). Outros servidores, do segundo e terceiro escalões, também podem deixar a gestão de Campos.
Possibilidade de negociação
A governadora não descartou uma possível negociação com os municípios. "O primeiro passo é a determinação de retorno desses servidores às suas atividades e é claro que pontualmente negociando com as prefeituras e outros poderes a destinação de pessoas que possam exercer outras atividades. Só não pode ser como era antes porque precisamos de mais gente trabalhando (no Estado)", finalizou.
A Prefeitura do Recife (PCR) foi novamente procurada, mas permanece em silêncio sobre o assunto, assim como a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Na primeira semana de janeiro, a PCR solicitou a renovação das cessões dos servidores para o Governo do Estado, mas não foi atendida.
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