O não surgimento de novas e expressivas lideranças na política brasileira, que se destaquem e criem protagonismo próprio, criou situações muito específicas nas quais os nomes tornaram-se mais fortes que os partidos e as ideologias. Esta, até certo ponto, falta de interesse de muitas lideranças políticas em enfrentar o crivo das urnas, vem impedindo o rejuvenescimento de quadros e a quebra das polarizações
*Por Marcelo Jorge
PARTE I – A POLARIZAÇÃO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM PERNAMBUCO E O PAPEL DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA
NACIONAL - Exemplo forte da polarização no Brasil hoje, é a divisão entre partidários de Lula x Bolsonaro, iniciada memso antes das eleições de 2018 e que dividiu de forma até perigosa a política nacional em alas tanto radicais de Esquerda quanto de Direita. Chega-se mesmo em alguns casos até nos extremos dessas ideologias.
Antes, em nível nacional já existia por décadas a rivalidade PSDB X PT, com alternâncias de governos e a reboque disso regionalmente, as polarizações entre tradicionais grupos políticos, ideológicos ou mesmo familiares. A polarização, no caso nacional é tão forte que mesmo antes das medidas administrativas, o governo e aliados do Partido dos Trabalhadores vem buscando anular decisões anteriores, inviabilizando a qualquer custo os ‘bolsonaristas’ com ou sem mandatos e em especial, tendo como alvo central o representante maior desse modelo de direita, até então tornado inelegível.
Certamente não o fariam todo este movimento se não sentissem que a polarização continua e existe a ameaça real deste grupo conservador retornar ao poder.
REGIONAL - Já em Pernambuco, a vitória de Raquel Lyra como Governadora em 2022, quebrando uma hegemonia de 16 anos do PSB local, aparentemente deu uma nova guinada neste estilo de politizar os eleitores, pelo menos no estado.
Após a derrota, os socialistas legitimamente ainda tentam se rearrumar para quem sabe, a partir de uma reeleição na prefeitura da capital Recife, retomar seu protagonismo, com vistas a uma investida ao comando do estado em 2026.
Portanto, a condução hábil da Governadora Raquel neste ano de decisões, instituindo uma ascensão e fortalecimento do apoio na maior quantidade de municípios possíveis durante sua administração, com entregas importantes e prospecção de novas bases aliadas nos municípios, sem dúvida fará total diferença nos destinos da sua agremiação - até então o PSDB -, das siglas federadas como o Cidadania e demais legendas como o MDB, PP e PSD que são simpatizantes e cujas lideranças se mostram tendentes a um recém criado movimento pró-governo.
NA PRÓXIMA MATÉRIA (PARTE 2), UMA BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE A POLARIZAÇÃO, SE FAZ BEM OU MAL À DEMOCRACIA
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