quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Superfederação pode mudar correlação de forças

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

O União Brasil, o Republicanos e o Progressistas representam algumas das maiores bancadas do Congresso Nacional. Habitualmente, estes partidos convergem para o centro, garantindo governabilidade para quem está no poder, em contrapartida exigem espaços robustos no governo federal. Apesar de os três terem obtido excelente resultado nas urnas em 2022, eles entendem que a convergência partidária poderá trazer efeitos políticos e eleitorais ainda melhores.

Por isso, as três legendas estão avaliando a formalização de uma federação, que contaria com 151 deputados federais e dezessete senadores. Os números representariam cerca de 30% da Câmara dos Deputados, 21% do Senado Federal e 28% do Congresso Nacional, uma força política que suplantaria os dois partidos que protagonizaram a disputa presidencial de 2022, PT e PL.

A construção da federação visa a sucessão dos presidentes Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado) em fevereiro do próximo ano, e mais do que isso, deixar o Palácio do Planalto cada vez mais necessitado da governabilidade ofertada pelos três partidos. Evidentemente que apesar de o poder da federação ser muito grande, há nuances que colocam em dúvida a efetivação da federação, pois as três legendas teriam que caminhar juntas nas eleições municipais e isso poderá dificultar o entendimento, em especial por conta das capitais, onde o impacto da junção das legendas é percebido de forma mais direta.

Pernambuco é um exemplo, onde União Brasil e Republicanos são aliados do prefeito João Campos, enquanto o PP é oposição, já no âmbito estadual, União Brasil e PP apoiam a governadora Raquel Lyra, enquanto o Republicanos é oposição, o que exigiria um entendimento entre Eduardo da Fonte, Luciano Bivar e Silvio Costa Filho para um caminho conjunto em 2024.

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