Por Edmar Lyra
O deputado federal Túlio Gadelha realizou um ato no último sábado para lançar sua pré-candidatura a prefeito do Recife pela Rede Sustentabilidade. O evento contou com a presença da ministra Marina Silva e de lideranças do PT, a exemplo do ex-prefeito do Recife, João Paulo.
Um outro movimento foi a declaração de Carlos Lupi de que o PDT marcharia com Túlio Gadelha na disputa de outubro. Indiscutivelmente, Túlio conseguiu gerar um fato político e se colocar como alternativa para as eleições deste ano. Mas existem complicadores que precisam ser vencidos para que este projeto torne-se realidade.
Túlio foi eleito numa federação da Rede com o PSOL, que juntos elegeram nove deputados federais e suplantaram a cláusula de barreira. Porém, a Rede elegeu apenas dois federais contra sete do PSOL, que no Recife tem a pré-candidatura da deputada estadual Dani Portela colocada.
É pouco provável que o PSOL abra mão da prerrogativa de lançar uma postulação no Recife. Túlio diz que na executiva da federação, que irá deliberar sobre o tema, as chances dele ser candidato são de 50%, mas se o PSOL tem mais deputados, é natural que tenha prioridade na indicação quando houver duas postulações.
A alternativa de deixar a Rede Sustentabilidade para integrar o PDT era uma opção segura se não houvesse a fidelidade partidária, onde a primeira suplência da federação é de Robeyoncé, do PSOL, que certamente judicializaria o mandato de Gadelha por infidelidade partidária. Então, por mais legítimo que seja o projeto de Túlio, as chances de se tornar realidade são ínfimas devido aos seus inúmeros obstáculos.
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