Alepe - Alepe fotografia
Com a possibilidade de haver a votação na Alepe, nesta terça-feira (02/04), do projeto do Governo do Estado que extingue as faixas salariais dos policiais e bombeiros militares de Pernambuco, o clima na Casa ficou tenso na tarde desta segunda-feira (01).
A matéria deverá passar pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) amanhã. Contrário ao projeto, que prevê o escalonamento até 2026 para o fim das faixas, o deputado Joel da Harpa (PL) foi à Tribuna criticar a proposta. "O governo tenta criar uma retórica de que para encerrar as faixas salariais em 2024 vai gerar uma despesa de R$ 1 bilhão para o Estado, o que não é verdade", afirmou.
O líder da bancada do Governo na Alepe, deputado Izaías Régis (PSDB), em aparte a Joel da Harpa, defendeu o Governo do Estado e afirmou que não recebeu nenhum telefonema do Palácio para que interferisse nos trabalhos da CCLJ, como também insinuou Joel da Harpa. Além disso, para Régis, Raquel Lyra está tentando resolver um problema que não foi gerado durante sua gestão.
Seguindo essa mesma linha, a deputada Socorro Pimentel (UB) também aparteou o parlamentar defendendo o governo. "Essas faixas salariais foram geradas na gestão anterior, com os votos de todos os deputados do PSB aqui nesta Casa. Se era tão fácil acabar, porque não acabaram no governo anterior? Há um grupo de deputados criando uma narrativa de que a governadora não conversa com as classes", questionou.
Já a deputada Débora Almeida (PSDB) acusou Joel da Harpa de incitar a tropa contra os deputados da CCLJ, na tentativa de votação da semana passada. "O episódio foi muito triste. Não venha dizer que não é verdade, porque o senhor estava do meu lado. Temos a prerrogativa constitucional de podermos nos posicionar nesta Casa. A governadora vai acabar com as faixas com responsabilidade", afirmou Débora Almeida. O deputado Joel da Harpa respondeu dizendo que a deputada "estava mentindo", o que gerou uma tréplica de Débora Almeida. "Não estou mentindo. O senhor não me conhece para dizer que estou mentindo. O senhor incitou, sim, a tropa."
Acordo sem consulta
O deputado Romero Albuquerque (UB), que era vice-presidente da CCLJ, mas foi substituído por Socorro Pimentel, disse que o presidente da Comissão, Antônio Moraes (PP), tentou um acordo com policiais e bombeiros militares sobre as faixas sem chamar os colegas do grupo.
"Não fomos consultados. O senhor foi consultado, deputado Joel da Harpa?", questionou em aparte ao membro do PL. Ele se referiu à reunião realizada na manhã de hoje entre Antônio Moraes e as associações que representam as categorias. Com informações do Blog da Folha.
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