Rafael Chocolate, de boné vermelho, gravando pegadinha no Recife
Do Diário de Pernambuco – O influenciador pernambucano Rafael Francisco Cavalcanti da Silva, conhecido como Rafael Chocolate, foi condenado a indenizar um homem alvo de uma pegadinha no Recife. Rafael deverá indenizar o autor da ação em R$ 15 mil após o processo transitar em julgado em 13 de outubro deste ano.
A pegadinha foi gravada em dezembro de 2019 na Avenida Conde da Boa Vista, área central do Recife. Na gravação, o youtuber coloca um balde nos pedestres e simula estar de passagem e não ter visto o que aconteceu.
Na ação, o alvo da pegadinha diz que a situação foi extremamente vexatória. “O mesmo externou seu total desconforto com a situação, deixando claro que não autorizava o uso de sua imagem na divulgação final do conteúdo no canal do influencer pernambucano”, diz a petição inicial.
Segundo o texto, Rafael Chocolate apenas borrou o rosto do homem no vídeo. “Pelo menos, na época, uns 15 amigos o reconheceram e vieram lhe perguntando sobre o ocorrido, ficando insustentáveis os cenários que passava no trabalho em virtude do ocorrido”.
O homem alega ainda que, após o ocorrido, desencadeou ansiedade e síndrome do pânico, “o que lhe fez ir mal no trabalho e gerando assim sua demissão”. Ele foi encaminhado ao Centro de Assistência Psicossocial (Caps), onde tem acompanhamento de psiquiatra e terapeutas.
Em julho de 2021, a família buscou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por causa do estado de saúde dele. “O referido não permite nem que sua mãe o toque, o abrace, achando que vai ser ferido ou que irão colocar um balde em sua cabeça”, dizem as advogadas que representam o autor da ação.
Segundo elas, o cliente “não conseguiu nem reconhecer a própria filha no cartório pela fobia social que apresenta e por viver praticamente ‘dopado’ diariamente”. Além dos danos morais, as advogadas solicitaram a retirada do vídeo.
O OUTRO LADO
A defesa de Rafael Chocolate declara nos autos que a doença psicológica do autor da ação não pode ser atribuída ao réu. “No vídeo não tem como identificar que é o Autor, pode ser qualquer pessoa, não mostra traços físicos, cicatrizes, pintas, não há nada que identifique”, argumenta.
Para a defesa, o autor tenta se enriquecer de forma ilícita. “O que ocorreu foi apenas a pretensão do Réu em realizar suas pegadinhas, que não machucou ninguém, não arranhou, não causou danos, nem ridicularizou, muito pelo contrário. O Réu conduziu toda a situação de forma, educada e respeitosa, pediu a autorização para publicar o vídeo e, quando não autorizado, não publicou mostrando sua imagem, apenas embaçada”, acrescenta.

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