O economista e ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, deixou nesta terça-feira (21) a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A saída ocorre em cumprimento às exigências da Lei das Estatais, que impõe um período de quarentena a ex-dirigentes partidários antes de assumirem funções de comando em empresas estatais. Até janeiro de 2023, Paulo Câmara foi vice-presidente nacional do PSB.
A gestão de Paulo Câmara foi marcada por estabelecer um ciclo de transformação e fortalecimento institucional. Desde que assumiu a presidência do BNB, em março de 2023, Câmara conduziu uma gestão marcada por recordes de contratação de crédito, ampliação da base de clientes e maior inserção do banco nos debates sobre desenvolvimento regional e financiamento sustentável.
Sob sua liderança, o Banco do Nordeste alcançou resultados históricos. Entre 2019 e 2022, a instituição financiou, em média, R$ 44 bilhões por ano. Em 2025, o volume de financiamentos deve atingir R$ 70 bilhões, o maior dos 73 anos de história do banco.
Os números refletem não apenas eficiência operacional, mas também uma estratégia de reposicionamento de marca e credibilidade junto ao setor produtivo e ao sistema financeiro nacional.
Paulo Câmara emprestou ao BNB seu prestígio político e reputação de gestor técnico e equilibrado, consolidada ao longo de oito anos à frente do Governo de Pernambuco. Com isso, reposicionou o banco no cenário econômico brasileiro, transformando-o em um player respeitado — da Faria Lima ao Sertão.
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