quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Lula precisará quebrar tendência de recuperação de Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro e Lula. Sergio Lima/Douglas Magno/AFP

Por Edmar Lyra

O ex-presidente Lula lidera todos os levantamentos eleitorais na disputa pelo Palácio do Planalto. Em outubro ele tentará chegar pela terceira vez ao cargo mais alto do país, o que se configurará na sua sexta disputa presidencial. Apesar da liderança nos levantamentos, Lula tem o tabu a ser quebrado de que todos os presidentes que tentaram a reeleição lograram êxito na sua empreitada.

O presidente Jair Bolsonaro, em busca de seu segundo mandato, abriu a caixa de ferramentas do Planalto e conseguiu viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 600,00, reduziu o combustível, mais precisamente a gasolina para R$ 5,69 em média, e tem conquistado números interessantes na economia como a redução da inflação acumulada para próximo de um dígito e a redução do desemprego, números que alavancam o crescimento do PIB para próximo de três pontos percentuais.

Consultor de Bill Clinton na eleição presidencial americana de 1992, o economista e estrategista James Carville cravou a célebre frase: “É a economia, estupido!”, que ficou marcada para sempre em toda estratégia eleitoral, especialmente em disputas presidenciais.

A economia dando certo, como aparenta dar no Brasil, é um sinal de clara recuperação do projeto de reeleição de Jair Bolsonaro, e Lula, político experiente, já calejado pelos efeitos do Plano Real em 1994, que lhe tirou a presidência da República, precisará de um reposicionamento de discurso e de nova estratégia para quebrar a tendência de recuperação de Bolsonaro até a eleição em outubro.

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