Por Ricardo Antunes — A última pesquisa presidencial do Ipec (ex-Ibope) deste primeiro turno será divulgada na noite de sábado, véspera da eleição, cinco dias após a mais recente, que mostrou Lula 17 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro, diz o colunista Lauro Jardim. Encomendada pela Globo, começou a ser apurada ontem à tarde e as últimas entrevistas serão realizadas no próprio sábado. Captará, portanto, o efeito do último grande momento desta campanha, o debate de ontem à noite.
O instituto entrevistará presencialmente 3.008 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A “margem de erro máxima” é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Como a partir de hoje a lei não permite mais comícios ( apenas caminhadas são permitidas), debates ou propaganda eleitoral na TV, a dinâmica da campanha vai se desenrolar nas redes sociais e nas conversas com amigos e familiares.
Ele lembra que a discussão sobre o voto útil em favor de Lula, para que tudo se acabe no domingo, e as dúvidas sobre a abstenção permearão as próximas 48 horas. As ondas se formarão com os ecos do debate de ontem e com essa nova dinâmica na reta final. A pesquisa se propõe a captar todo esse caldeirão que está sendo mexido.
Lauro informa que uma das perguntas da pesquisa tentará medir é justamente o tamanho da abstenção, uma das interrogações deste final de campanha: “Pensando no primeiro turno, você diria que: com certeza irá votar/é mais provável que irá votar/ é mais provável que não irá votar/ com certeza não irá votar.
Como este ano não haverá pesquisa de boca de urna, que tradicionalmente era feita pelo Ibope (atual Ipec), serão esses números a ser divulgados na noite de sábado que, no futuro, serão cotejados com o resultado oficial.
No questionário do Ipec, há também as perguntas clássicas: em quem o entrevistado vai votar para presidente (e no qual ele vai responder tanto de forma espontânea quanto estimulado por uma lista de nomes), assim como se a decisão já é definitiva, o grau de rejeição a cada um dos candidatos e qual a expectativa sobre quem vencerá o pleito, independentemente do candidato escolhido.
O Ipec está querendo saber ainda em quem o eleitor vai votar num segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o grau de aprovação do governo e se o brasileiro está otimista em relação ao futuro do país, finaliza o colunista.
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