Por Edmar Lyra
Vice-governadora eleita, a deputada estadual Priscila Krause (Cidadania) teve um papel fundamental para alavancar a candidatura de Raquel Lyra (PSDB) em segmentos que estavam em dúvida quanto ao nome que iriam votar, a exemplo do eleitor metropolitano e o eleitor de classe média. A presença de Priscila, uma deputada combativa que sempre esteve na vanguarda da oposição ao PSB, ajudou Raquel a ser a mais votada do Recife no primeiro turno, o que foi determinante para levá-la à segunda etapa e consequentemente vencer a disputa para o Palácio do Campo das Princesas.
Diante de tamanha importância, Raquel Lyra designou Priscila Krause como coordenadora da transição, sobretudo após o feito a ordem dado pela vice-governadora no momento mais difícil de Raquel na virada do primeiro pro segundo turno que ela precisou se ausentar das ruas e das articulações. Vez por outra o nome de Priscila surge como opção para disputar pela segunda vez a prefeitura do Recife em 2024, mas antes de pensar em qualquer projeto eleitoral, uma vez que ela não precisa renunciar ao cargo que ocupa para disputar a PCR, Priscila terá que consolidar a expectativa que se tem na construção do futuro governo.
Ao longo de dezoito anos de vida pública, Priscila Krause nunca teve uma oportunidade no executivo, pois sempre esteve na oposição, sendo a eleição deste ano, a primeira vitória de um nome apoiado pela parlamentar para a majoritária desde sua eleição como vereadora do Recife em 2004. Por isso, Priscila Krause poderá emprestar sua experiência também na equipe da governadora eleita, tendo assim sua primeira oportunidade de demonstrar capacidade de gestão.
Nos bastidores, há uma dúvida de qual seria o melhor caminho para a futura vice-governadora, se acumular o cargo com uma importante secretaria ou seguir sem outra função para chegar na disputa municipal sem nenhum tipo de desgaste e ser a opção que unificaria o campo político liderado pela governadora eleita. Nos próximos dias, com o anúncio formal do secretariado, saberemos qual será o papel reservado para a vice-governadora tanto administrativamente quanto eleitoralmente.
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