quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Para ser justo com Fernando Rodolfo

Foto: Divulgação

A semana foi marcada pela morte do pai do deputado federal Fernando Rodolfo (PL). O parlamentar sofreu várias críticas por não ter ido ao sepultamento dele. Muita gente usou o tribunal da Intenet para fazer juízo de valor e cobrar dele a presença no enterro.

No mesmo dia, o deputado estava presente na presidência da Comissão da Família. O debate em questão é a anulação do casamento homoafetivo.

Sem querer entrar no mérito de concordar ou não com o deputado, até pelo fato de discordar dele nessa pauta, não são justas as acusações que estão sendo feitas contra ele nas redes sociais.

Primeiro ponto. O deputado conheceu o pai apenas na adolescência e os dois nunca tiveram uma relação próxima. O segundo ponto, conheço o deputado desde a época da faculdade de jornalismo, quando fui professor dele e já sabia dessa condição.

Terceiro ponto. O deputado estave nos últimos momentos ao lado do pai biológico no hospital. Muita gente nem sabia disso.

O fato de não concordar com o que o deputado pensa ou defende não dá o direito de um julgamento precipitado sobre os sentimentos dele em relação ao pai.

Abaixo a nota enviada pelo deputado sobre o fato. Em tempo, os sentimentos à família.

NOTA À IMPRENSA

Desde o início desta semana, tenho sido perseguido por setores da sociedade e da imprensa por ter pautado um projeto de lei que trata sobre o casamento homoafetivo na Comissão da Família, que presido com orgulho.

Quem me conhece sabe os meus valores e a responsabilidade que tenho em tudo o que assumo, tanto é que tive a confiança do meu partido para exercer tal função.

Aceito as críticas e estou pronto para o debate. No entanto, tudo tem um limite. No último domingo (17), meu pai biológico, que já enfrentava um sério problema de saúde, faleceu.

A bem da verdade, conheci o meu pai quando tinha 13 anos de idade e nunca compartilhamos de qualquer proximidade familiar. Porém, quando soube do seu estado de saúde, o procurei e levei minha solidariedade. Nesta última semana, ao tomar conhecimento da sua internação, cancelei minhas atividades em Brasília e me ausentei das votações no plenário para acompanhar de perto seu estado de saúde, ficando ao seu lado até o último dia de vida. No dia do falecimento, estive presente em seu velório até a madrugada.

De consciência tranquila, e tendo prestado as devidas homenagens, segui para Brasília para conduzir os trabalhos da comissão.

De forma desrespeitosa, e sobretudo desonesta, tenho sido atacado por pessoas e grupos que não têm conhecimento de minha vida e das humilhações que já passei.

Em respeito aos meus filhos, à minha família e à minha história, registro a minha indignação com o que estão tentando fazer e reitero que não abro mão das minhas convicções e não serei intimidado.

O que está em questão não é o falecimento do meu pai, e sim a minha postura como presidente da comissão.

Fernando Rodolfo
Deputado federal

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