Do Globo — A dois meses para o primeiro turno das eleições, agosto começa com a divulgação da mais nova pesquisa eleitoral Genial/Quaest. À medida em que se aproxima a votação a nível nacional e estadual, são esperadas ainda para este mês sondagens nacionais mais constantes das empresas de pesquisa, principalmente Ipec e Datafolha.
Quarta-feira (3): Genial/Quaest nacional
Nesta semana de 1º a 5 de agosto, a pesquisa presidencial da Quaest, contratada pelo banco Genial, será a principal com resultados para presidente calculados a a partir de entrevistas presenciais. Além de cenários de intenção de voto, estão previstas a avaliação do governo de Jair Bolsonaro (PL), perguntas sobre assuntos variados como o andamento da economia (como no caso da inflação e do preço dos combustíveis), problemas que os entrevistados vêm enxergando no país, os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e temas como a participação de celebridades na campanha. A sondagem, feita nas ruas com 2.000 eleitores em todo o país, está registrada no TSE sob o número BR-02546/2022.
Na rodada mensal de julho da Genial/Quaest sobre a corrida para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou 45% das intenções de voto no primeiro turno. Em segundo lugar, Bolsonaro aparecia com 31%. O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, fez 6%. Já Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) fizeram 2%. Na simulação de segundo turno, Lula mantinha a dianteira, com 53% contra 34% de Bolsonaro.
Para agosto, a Genial/Quaest planeja pesquisas presidenciais quinzenais (também nos dias 17 e 31). Também estão previstos levantamentos estaduais (incluindo ainda avaliações de governo, disputas aos governos estaduais e ao Senado) nas duas próximas semanas: em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Agosto terá maior frequência de pesquisas eleitorais
Faltando dois meses para a eleição, os principais institutos trabalham a todo vapor para aumentar a frequência de suas pesquisas presidenciais e estaduais. Enquanto a janela de registro de candidaturas se aproxima do fim (no dia 15), cada um vai fazendo o próprio planejando para dar termômetros precisos de como vão as disputas pelo eleitorado.
Além de Ipec e Datafolha, que devem ter maior frequência a partir da segunda quinzena de agosto, o Ipespe, que no fim de julho voltou a divulgar pesquisa nacional contratada pela XP Investimentos, deve lançar nova sondagem nacional no fim de agosto. E o instituto Ideia trabalha para definir o cronograma de suas pesquisas contratadas pela revista Exame para as disputas estaduais — em agosto e setembro estão previstas uma edição por mês em Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Datafolha e Ipespe divulgaram pesquisas presidenciais semana passada; confira
Em uma semana agitada para as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, duas sondagens de peso deram o tom da corrida ao Planalto: de estabilidade em meio à oficialização das candidaturas. Na segunda-feira (25/07), a pesquisa presidencial do Ipespe voltou a ser divulgada após quase dois meses de impasses envolvendo sua contratante, a XP Investimentos. E, na quinta-feira (28/07), o Datafolha atualizou seu levantamento mensal da corrida à Presidência. A quase dois meses do primeiro turno, os dois resultados dão um termômetro da disputa entre Lula e Bolsonaro, que despontam em relação aos demais candidatos.
Segunda-feira, 25: Ipespe presidencial
Depois de um mês e meio de impasse na divulgação de sua última pesquisa eleitoral nacional encomendada pela XP Investimentos, o instituto Ipespe voltou a divulgar sua sondagem de intenção de voto para presidente. De acordo com o novo levantamento, publicado nesta segunda-feira, o ex-presidente Lula lidera a corrida com 44%, frente aos 35% de Bolsonaro (PL). Em junho, Lula vencia por 45% a 34% — portanto, o cenário seguia estável. No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 36%.
A volta do Ipespe ao circuito de divulgação das pesquisas a nível nacional ocorreu após o cancelamento às pressas, em junho, da divulgação de um levantamento por parte da corretora de investimentos em meio a uma pressão de setores bolsonaristas na cúpula da XP. O Ipespe também teve sua periodicidade alterada de semanal para mensal.
A pesquisa Ipespe fez 2.000 entrevistas telefônicas a nível nacional entre os dias 19 e 25 de julho, com um nível estimado de 95,45% de confiança e uma margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08220/2022.
Quinta-feira, 28/07: Datafolha presidencial
O Datafolha divulgou nova pesquisa nesta quinta-feira (28). Lula manteve a liderança no primeiro turno com 47% das intenções de voto. Bolsonaro (PL) aparece na segunda colocação, com 29%. Na pesquisa anterior, divulgada em junho, Lula aparecia com 47% e Bolsonaro com 28%. Ciro Gomes e Simone Tebet se mantiveram estáveis na margem de erro (8% e 2%, respectivamente). Considerando apenas os votos válidos, Lula poderia alcançar a vitória no primeiro turno: 52%.
No jogo eleitoral, Bolsonaro é rejeitado por 53%, e Lula, por 36%. O presidente experimentou melhoras entre as mulheres e os evangélicos, enquanto Lula segue em alta nas intenções de voto de pessoas que se declaram pretas. A pesquisa apurou ainda que 71% dos eleitores dizem estar totalmente decididos sobre seu voto para presidente, mostrando como as preferências pelos dois principais candidatos estão bem consolidadas. E, em questão de avaliação de governo, 45% consideraram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo.
O Datafolha entrevistou 2.556 eleitores em 183 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01192/2022. O índice de confiança é de 95%.
Fora do circuito das pesquisas presidenciais, o instituto também divulgou um levantamento mais detalhado entre jovens — nele, Lula domina todos os cenários eleitorais com ampla vantagem. Foram quase mil entrevistas presenciais com pessoas de 15 a 29 anos em 12 capitais brasileiras, buscando entender posições políticas, intenções de voto e ainda questões culturais e de comportamento.
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