O Instituto de Recursos Humanos (IRH) zerou a fila de espera de pacientes oncológicos do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe). Ao assumir a gestão 54 pessoas esperavam por atendimento médico ou por medicação. Problema que foi causado devido a um débito deixado pela gestão anterior que se somava em mais de R$ 300 milhões, dos quais R$ 111 já foram pagos.
Diversas frentes e esforços foram realizados para que a rede credenciada voltasse a atender tanto na Região Metropolitana do Recife (RMR), quanto no interior do estado. “Fizemos tratativas comerciais com a rede credenciada e corremos com os procedimentos para abastecer o Hospital dos Servidores do Estado, onde há a Central de Quimioterapia”, explica o presidente do IRH, João Victor Falcão.
O HSE é a porta de entrada na RMR para pacientes oncológicos. Atualmente, a unidade de saúde assiste 849 beneficiários, que fazem consulta e/ou quimioterapia, tanto oral, quanto injetável. O Setor de Oncologia é formado por 11 oncologistas e dois hematologistas. Possui 15 leitos para internamento e a Central de Quimioterapia.
Um dos pacientes que faz tratamento no HSE é o aposentado Sílvio Pereira, de 67 anos. Em 2019, ele descobriu um câncer de próstata e fez todo o tratamento no HSE. Recentemente, foi diagnosticado com outro tipo de câncer, desta vez nos ossos. “Quando recebemos o diagnóstico de um câncer nos tornamos frágeis. O medo vem fazer parte do dia a dia. Mas, no HSE fui acolhido por uma equipe humana e dedicada, desde o médico, passando pela equipe de enfermagem, até a atendente. Isso faz toda diferença durante o tratamento”, elogia o idoso, pontuando que a organização também é algo salutar. “Já deixo o Hospital sabendo o dia de voltar para próxima medicação”.
Para o oncologista e chefe do setor do HSE, Rodrigo Pinto, o atendimento humanizado e individualizado é tão importante quanto a droga. “O cuidado com o paciente é um ponto muito valioso durante o tratamento. Salientando que a oncologia teve diversos avanços entre eles o surgimento de novas drogas, que possibilita um maior controle da doença, oferecendo qualidade de vida para o paciente”.
Na Central de Quimioterapia do HSE, cerca de 60 pessoas são assistidas diariamente. No local há um sino, chamado de “Sino da Vitória”, que o paciente toca no dia da sua última sessão. A paciente Maria de Fátima da Silva, de 50 anos, não escondeu a emoção e a felicidade, no dia que tocou o sino. Ela está tratando um câncer no colo do útero. “Fiz seis sessões de quimioterapia e estou terminando minha 25ª sessão de radioterapia. Estou muito feliz. E passar por esse processo com profissionais que te abraçam de todas as formas é maravilhoso. Não tenho o que me queixar. Tanto no Hospital dos Servidores quanto na rede credenciada, fui muito bem cuidada”, explica. Ela acrescenta que tocar o sino da vitória foi muito especial. “Na primeira sessão entrei no Hospital chorando e uma enfermeira me abraçou, me mostrou o sino e disse – você hoje tá chorando de medo, que é normal, mas você vai chorar de alegria no dia que tocar aquele sino. E de fato isso aconteceu”, comemora.
Entre os tipos de câncer com maior incidência no HSE, estão o de mama, de próstata e pulmão. Quando o paciente precisa fazer radioterapia, ele é encaminhado para rede credenciada.
É também na rede credenciada que os pacientes do interior são atendidos. “Atualmente 210 beneficiários estão realizando tratamentos oncológicos no interior de Pernambuco. Lá eles fazem atendimentos médicos, quimioterapia e/ou radioterapia”, explica Rhayssa Oliveira, coordenadora da Gerência Técnica do IRH.
Já na RMR, 345 beneficiários fazem tratamentos oncológicos na rede credenciada do Sassepe.
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